Não existe cancelar amistoso por caso Battisti, diz Teixeira
Tossiro Yamamoto
Direto de São Paulo
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou em São Paulo que a disputa entre Brasil e Itália no caso de refúgio ao ex-ativista Cesare Battisti não vai impedir a realização do amistoso entre as duas seleções. "Isso não existe, já tivemos Copa do Mundo com países em guerra", disse Teixeira.
Battisti, 54 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos entre 1978 e 1979. Detido no Brasil desde 2007, o ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) nega os crimes. Ele recebeu status de refugiado político por decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro.
O subsecretário de Exteriores italiano, Alfredo Mantica, havia pedido o cancelamento da partida marcada para o dia 10 de fevereiro, em Londres. Por sua vez, o subsecretário de Esportes da Itália, Rocco Crimi, disse que o caso Battisti não deve interferir na realização de um evento esportivo.
"Nenhum político faria isso (cancelar o jogo)", completou o presidente da CBF, que participou de um encontro com uma comitiva da Fifa, o governador de São Paulo, José Serra, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e o ex-jogador Pelé.