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Polícia

Sedativo causa ilusão sexual, diz médico acusado de abuso

25 jan 2009 - 08h31
(atualizado às 08h38)
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O médico Roger Abdelmassih, 65 anos, acusado de abuso sexual por pacientes, alegou que o anestésico usado em sua clínica de reprodução assistida pode causar "comportamento amoroso", em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo.

Segundo o especialista, estudos nos Estados Unidos apontam que pacientes sedadas com propofol podem ter "alucinações sexuais". "Há trabalhos que mostram claramente que 3% a 4% das mulheres que tomam o remédio que usamos para sedar têm, ao acordar, um comportamento amoroso", afirmou.

"Hoje, faço 150 ciclos por mês. Mas vamos pôr uma média de 120. Em um ano seriam 48 casos com o tal comportamento amoroso. Em dez anos, 480", completou Abdelmassih.

A fotógrafa Monika Bartkevitch, 43 anos, foi a primeira mulher a fazer uma acusação pública contra o médico, que teria tentado beijá-la quando estava em tratamento há nove anos. Cerca de 50 mulheres já procuraram o Ministério Público do Estado de São Paulo dizendo-se vítimas de Abdelmassih.

Na companhia dos advogados, o médico afirmou que é uma pessoa carinhosa. "Chamo todo mundo de 'minha querida'. Tenho uma mania desde jovenzinho de colocar as mãos no rosto da pessoa para beijar", disse o especialista, que ainda acusou uma mulher que não conseguiu ter filhos de iniciar uma campanha contra ele em um site de relacionamentos.

De acordo com o jornal, Abdelmassih alegou problemas cardíacos, agravados pelo estado terminal de sua mulher que lutava contra um câncer, para não comparecer a um depoimento em agosto de 2008 no Ministério Público. No entanto, no mesmo dia o médico foi à 1ª Delegacia de Roubos e Extorsões para prestar queixa contra uma ex-funcionária que também o acusava de tentar agarrá-la.

Fonte: Terra
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