Fotógrafa diz que foi abusada por médico há 9 anos
A fotógrafa Monika Bartkevitch, 43 anos, foi a primeira mulher a fazer uma acusação pública contra o médico Roger Abdelmassih, 65 anos, que supostamente abusava sexualmente de suas pacientes. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Monika disse que ele tentou beijá-la quando estava em tratamento há nove anos.
Até sexta-feira, 35 mulheres procuraram o Ministério Público do Estado de São Paulo dizendo-se vítimas de Abdelmassih, dono de uma clínica de fertilidade. Ainda segundo o jornal, o médico nega as acusações.
Monika afirmou que desde a primeira consulta achou estranho o jeito que o médico a abordou. "No segundo dia, fui sozinha fazer alguns exames. Na saída, o dr. Roger me deu um selinho na boca. Fiquei passada, não sabia o que fazer", disse ela ao jornal.
Após realizar a inseminação, a fotógrafa disse que Abdelmassih voltou a assediá-la. "(Ele) ficou completamente alterado. Disse que era louco por mim, lambia a minha cara inteira. Eu gritava, mas ele tapava a minha boca. Ficou tentando me beijar, passava a mão por todo o meu corpo", afirmou.
O advogado do médico Roger Abdelmassih, Adriano Vanni, afirmou à Folha de S.Paulo, considerar "fantasiosa" a história contada pela fotógrafa Monika Bartkevitch.
"Acho muito estranho uma mulher passar por tudo isso e não ter denunciado à época. Ela disse que isso aconteceu há nove anos? Então, por que não procurou a polícia? Por que não procurou o CRM (Conselho Regional de Medicina)? Bom, ela conta que o marido não a deixou denunciar, mas ela se livrou do marido, que era o obstáculo para qualquer denúncia, dois meses depois. O que a impediu, então, de denunciar o médico?", afirmou Vanni.
O advogado disse ainda ao jornal que Abdelmassih nunca molestou suas pacientes. "O dr. Roger nunca fica sozinho com a paciente, esse não é um procedimento adotado na clínica. Ele está sempre acompanhado por uma enfermeira. Repito, o que ela contou é fantasioso".
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