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Polícia

Defesa de Lindemberg diz que pedirá nulidade do processo

8 jan 2009 - 19h28
(atualizado às 20h00)
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Os advogados de Lindemberg Alves, 22 anos, afirmaram que pedirão a nulidade do processo pelo que consideraram cerceamento de seu direito de defesa. Eles afirmam que documentos anexados ontem ao processo não foram considerados pelo juiz José Carlos de França Carvalho Neto e testemunhas pedidas pela defesa não foram ouvidas. O promotor Antônio Nobre Folgado rechaçou qualquer possibilidade de tolhimento do trabalho dos advogados.

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Após o juiz ouvir 14 depoimentos de testemunhas de acusação, defesa e do juízo, Lindemberg foi pronunciado por homicídio, tentativa de homicídio, cárcere privado e quatro disparos de arma de fogo. A decisão define que ele irá a júri popular.

A defesa afirmou ter anexado mais de uma centena de documentos ao processo e que o juiz não os considerou. "Por conta do indeferimento, vamos pedir a nulidade integral do processo e o habeas-corpus do menino", disse. A advogada Ana Lúcia Assad afirmou que entrará com o pedido ainda nesta semana.

O promotor afirmou que a alegação de cerceamento é "infundada" porque foram ouvidas mais testemunhas de defesa do que o definido por lei. Ainda de acordo com Nobre, o depoimento mais importante do dia foi o de Nayara Rodrigues da Silva, melhor amiga da ex-namorada de Lindemberg, Eloá Cristina Pimentel, ambas de 15 anos. "Não havia outra alternativa que não a pronúncia do réu", disse.

Nobre afirmou que Lindemberg recebeu com apatia a notícia de que iria a júri popular. De acordo com o promotor, o julgamento deve ocorrer até 2010. "Como ele é réu primário, não deve receber pena máxima", afirmou.

Lindemberg fez Eloá refém no apartamento da família dela. Ele invadiu o imóvel na tarde do dia 13 de outubro. A adolescente estava no local com a amiga Nayara e os colegas de escola Iago e Victor. Os meninos foram liberados naquela noite, e Nayara, no dia seguinte, após 33 horas. Ela retornou ao cativeiro na quinta-feira, onde permaneceu até o desfecho do seqüestro. A ação terminou com as duas meninas baleadas, em 17 de outubro. Eloá teve morte cerebral confirmada dois dias depois.

Fonte: Redação Terra
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