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Polícia

Lindemberg vai a júri popular por morte de Eloá

8 jan 2009 - 17h50
(atualizado às 18h18)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu nesta tarde que o réu Lindemberg Alves irá a júri popular pelo seqüestro que durou mais de 100 horas em Santo André, na região do ABC paulista, e acabou com a morte da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel da Silva, 15 anos, em outubro do ano passado. Ele aguardará o julgamento preso.

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A advogada Ana Lúcia Assad informou que vai recorrer da decisão. Ela disse que o cliente teve seu direito de defesa cerceado pela ausência de algumas testemunhas.

Desde a manhã, o juiz José Carlos de França Carvalho Neto ouviu 14 testemunhas de defesa, acusação e de juízo no Fórum de Santo André (SP). Entre elas estavam os jovens Nayara Rodrigues da Silva, Iago Vilela de Oliveira e Victor Lopes de Campos, feitos reféns por Lindemberg, além de policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), de pessoas ligadas ao réu, entre outros.

Lindemberg responde por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação à Eloá; tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) em relação ao disparo contra Nayara; e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar a execução de crimes) contra o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano.

O réu também responde cinco vezes por cárcere privado qualificado em relação a Nayara (duas vezes), a Eloá e aos jovens Victor e Iago. Ele foi denunciado ainda quatro vezes por disparo de arma de fogo em lugar habitado.

Lindemberg fez Eloá refém no apartamento da família dela. Ele invadiu o imóvel na tarde do dia 13 de outubro. A adolescente estava no local com a amiga Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, e os colegas de escola Iago e Vcitor. Os meninos foram liberados naquela noite, e Nayara, no dia seguinte, após 33 horas. Ela retornou ao cativeiro na quinta-feira, onde permaneceu até o desfecho do seqüestro. A ação terminou com as duas meninas baleadas, em 17 de outubro. Eloá teve morte cerebral confirmada dois dias depois.

Fonte: Redação Terra
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