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Polícia

Promotor: pouco importa se houve tiro antes da invasão no ABC

8 jan 2009 - 09h33
(atualizado às 10h09)
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O promotor Antônio Nobre Folgado afirmou nesta manhã que os indícios coletados até agora indicam que não houve nenhum tiro pouco antes da invasão, no dia 17 de outubro, do apartamento onde Lindemberg Alves, 22 anos, mantinha a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel refém desde o dia 13 de outubro em Santo André (SP). Contudo, o promotor disse também que esse fato pouco importa para a acusação, porque está caracterizado que o tiro que matou a jovem partiu de Lindemberg.

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O juiz José Carlos de França Carvalho Neto ouve nesta manhã no Fórum de Santo André as testemunhas e vítimas do seqüestro e na morte de Eloá, além de Lindemberg. Da acusação, começou a ser ouvida às 9h20 Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, refém que foi atingida por uma bala durante o resgate. Vão depor ainda dois adolescentes, também rendidos por Lindemberg, e um policial militar, contra quem Lindemberg teria feito um disparo do apartamento.

A defesa de Lindemberg levará 12 testemunhas para o fórum. A maioria para falar dos antecedentes do acusado.

O promotor afirmou ainda que a decisão do juiz sobre o júri deve sair ainda nesta quinta-feira. "Se todas as testemunhas forem ouvidas hoje, Lindemberg Alves deverá ser pronunciado ainda hoje", ou seja, o juiz decidirá que o acusado irá a júri popular.

"O juiz não fará hoje uma análise aprofundada das provas o que se levará em conta agora são as provas da materialidade e se há indícios suficientes de que Lindemberg é o autor do disparo que matou Eloá. É praticamente impossível ele não ir a júri popular", disse o promotor.

Lindemberg será o último a ser ouvido, antes do debate entre acusação e defesa e, por final, o pronunciamento do juiz para decidir se haverá júri popular. Ele é acusado de homicídio qualificado, cárcere privado, posse ilegal de arma, disparo de arma de fogo.

De acordo com o promotor, a defesa, caso receba decisão contrária, tem cinco dias para recorrer e, caso não recorra, o julgamento pode acontecer entre dois e três meses.

Fonte: Redação Terra
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