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MS: governador culpa Funai por impasse com índios Kaiowá

30 out 2012 - 18h45
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O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), responsabilizou a Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo impasse resultante da decisão de 170 índios de uma aldeia Guarani Kaiowá de resistirem à ordem judicial de despejo da fazenda que ocupam no Estado. Puccinelli disse que, se fosse presidente da República, já teria extinto a fundação por causa de sua "ineficiência e incompetência". "A Funai não faz porcaria nenhuma", afirmou.

Ele disse não acreditar na ameaça de os índios se matarem se forem retirados à força da área. "Os índios, nós estamos mantendo vivos, apesar de talvez nós morrermos antes deles", afirmou. O governador disse que é o Estado, e não a Funai, que sustenta os índios de Mato Grosso do Sul, com doação de cestas básicas.

A aldeia Guarani Kaiowá, com cerca de 170 índios, está em uma área de dois hectares de mata ilhada entre um charco e o leito do rio Hovy, na divisa da Reserva Sassoró com a fazenda Cambará, propriedade de 700 hectares no município de Iguatemi, sul de Mato Grosso do Sul. A presença do grupo nessa área foi decretada ilegal pela Justiça Federal há um mês e os indígenas foram condenados a deixar o local. Mas eles se negam a sair e prometem resistir à ordem judicial de despejo.

Nesta terça-feira, a Justiça decidiu que os índios podem permanecer na fazenda. A desembargadora Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região reverteu liminar da primeira instância, que determinou a desocupação da área.

Fonte: Agência Estado Agência Estado
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