SP: jovem diz que padrinho de amigo autorizou uso de jet ski

O adolescente de 14 anos que estaria com o jovem de 13 que acionou um jet ski na praia de Bertioga, litoral paulista, durante o Carnaval, afirmou à polícia na segunda-feira que o padrinho do amigo autorizou o uso do equipamento, do qual é proprietário. No dia 18 de fevereiro, o jet ski atropelou e matou a menina Grazielly Almeida Lames, 3 anos. O depoimento do jovem contraria a versão do empresário José Augusto Cardoso, que negou ter dado a permissão. As informações são do advogado da família de Grazielly, José Beraldo.

Jet Ski: da diversão à tragédia

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No depoimento, o adolescente disse que Cardoso autorizou o uso do equipamento e mandou o caseiro levar o jet ski até a praia para que os garotos pudessem usar. Segundo Beraldo, uma perícia solicitada pela família apontou que equipamento foi acelerando. "Ou seja, houve o crime", afirmou Beraldo ao Terra.

A delegacia seccional de Santos, que apura o caso, informou que o delegado só vai se pronunciar com a conclusão do inquérito. Beraldo acredita que o caso seja finalizado até o final de semana, quando completa um mês da morte de Grazielly. "Estou confiando no trabalho da Polícia Civil, para que atenda nossos anseios de justiça. Nós temos que dar o exemplo. Não só pobre deve sentar no banco dos réus, mas o empresário (o padrinho do garoto também é pré-candidato à prefeitura de Suzano pelo PSDB), como responsável, deve sentar no banco dos réus", disse. "Que o poder econômico não prevaleça, não faça sucumbir o direito dos pais inconsolados. A dor é abissal."