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Lula: vaga no Supremo e novos caças são decisões de Dilma

6 dez 2010 - 20h45
(atualizado às 20h53)
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Com menos de um mês restante no governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, que pretende deixar certas decisões para sua sucessora, Dilma Rousseff, entre elas a indicação de um novo ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF) e a compra de novos caças para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Durante entrevista à TV Brasil, Lula disse que quer resolver o impasse da extradição do italiano Cesare Battisti e fará o que puder para facilitar o primeiro ano do governo Dilma, entretanto, afirmou que está ouvindo a presidente eleita sobre assuntos que dizem respeito aos dois mandatos. O italiano Battisti é acusado de ter cometido quatro assassinatos em seu país de origem. Foi preso no Rio de Janeiro em 2007, mas pediu asilo ao Brasil. O Supremo Tribunal (STF) autorizou sua extradição, mas a palavra final ainda cabe ao presidente Lula.

Segundo ele, a decisão sobre a extradição de Battisti depende apenas do parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que ele espera receber ainda neste mês. "Esse é um assunto em que tanto eu posso tomar uma decisão agora ou deixar para a presidenta tomar. Eu preferiria tomar agora. Se o parecer estiver pronto, decido agora para não deixar esse assunto (pendente), que é sempre amargo".

A indicação de um novo ministro que ocupe a vaga deixada por Eros Grau à frente do STF deve ficar para Dilma, segundo Lula, que disse que preferiu esperar as eleições e ainda vai conversar com Dilma sobre a indicação. Para o presidente, "não há muita pressa" em decidir o nome, porque o tribunal entrará em recesso nos próximos dias e só voltará aos trabalhos em fevereiro de 2011.

Dilma também deve decidir sobre a compra de aviões de combate para a FAB. "É uma dívida muito grande, é uma dívida de longo prazo para o Brasil. Eu poderia assinar e fazer um acordo com a França, mas não vou fazer", afirmou Lula. Segundo ele, a decisão sobre os caças franceses ainda depende de parecer do Conselho Nacional de Defesa.

O presidente disse ainda que a FAB também será consultada sobre outra compra, a de um novo avião presidencial. Para ele, não há "nenhum problema" em comprar uma nova aeronave e afirmou que, apesar das críticas, o avião comprado em seu primeiro mandato ajudou o Brasil a fortalecer a política externa porque possibilitou mais viagens internacionais. "Acho que o Brasil precisa de um avião melhor. Se vai comprar agora ou não, acho que é uma coisa que a Dilma vai decidir. Eu não teria nenhum problema em comprar".

Lula também afirmou que vai sugerir para Dilma uma nova legislação para o marco de telecomunicações do Brasil e que sua sucessora terá o desafio de representar as mulheres no poder. "Vou sair consciente de que cumpri o meu dever, de que fizemos muitas coisas e ainda temos muitas a fazer, mas consciente de que o Brasil melhorou muito nesses últimos oito anos".

Lula é um dos 25 políticos mais influentes do mundo:
Agência Brasil Agência Brasil
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