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MST invade fazenda de Oscar Maroni no interior de SP

17 set 2009 - 13h35
(atualizado às 13h55)
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Chico Siqueira

Direto de Araçatuba

Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram nesta quinta-feira a fazenda Santa Cecília, do empresário Oscar Maroni. A fazenda de 1.680 hectares fica em Araçatuba, no interior de São Paulo. Segundo o MST, mais de mil famílias participaram da ocupação, a maior feita na região. Maroni disse que seus advogados vão entrar nesta sexta-feira com pedido de reintegração de posse no Fórum de Araçatuba.

Dono de boate em SP, Maroni chegou a ser preso
Dono de boate em SP, Maroni chegou a ser preso
Foto: Vagner Campos / Futura Press

"Nosso objetivo é pressionar o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para apresentar a lista de fazendas improdutivas que seriam vistoriadas a pedido do MST", disse Irineu Xavier de Oliveira, da direção regional do MST. Segundo ele, o MST pediu vistorias em 20 propriedades da região que não seriam produtivas e passíveis de reforma agrária. Entre as propriedades estaria a fazenda Santa Cecília. "Não vamos sair daqui enquanto o Incra não der explicações sobre as vistorias", afirmou Oliveira.

Maroni negou que sua propriedade esteja na suposta lista entregue pelo MST, mas admitiu que esteve em contato com representantes do Incra para saber da possibilidade futura de negociar a propriedade com o órgão. No entanto, segundo ele, nenhuma negociação foi iniciada.

"Esta propriedade não está em lista nenhuma, mesmo porque é de altíssima produtividade", afirmou. Segundo Maroni, a área é ocupada com arrendamentos com plantações de cana (960 hectares) e de criação de gado (480 hectares). "Minha propriedade é modelo de pecuária, ela tem 12 mil metros de cochos para gado de corte; em época de entressafra, ela produz de 10 mil a 12 mil quilos de carne bovina a cada 24 horas", disse.

Caso Maroni

O dono da boate Bahamas foi preso pela última vez no dia 30 de junho, no Fórum da Barra Funda, depois que a ex-namorada dele apresentou uma gravação que fez pelo telefone de uma conversa do empresário. O áudio mostra Maroni negociando com uma prostituta para que ela trabalhasse para empresários. Ela ganharia de R$ 2 mil a R$ 3 mil por programa.

Em 2007, Maroni chegou a ficar preso por 49 dias acusado de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas.

Fonte: Terra
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