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MST faz manifestação em SP e MG por reforma agrária

18 ago 2015 - 20h02
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Como parte da jornada nacional de ocupações e ações políticas pela terra, pela reforma agrária e pelo assentamento de todas as famílias até o fim do governo da presidenta Dilma Rousseff, os trabalhadores sem-terra de São Paulo e Minas Gerais iniciaram hoje (18) uma marcha reivindicando a desapropriação de algumas propriedades rurais.

Em São Paulo, de acordo com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), cerca de 450 pessoas de acampamentos de Serrana, Orlândia, Ribeirão Preto, Serra Azul e Restinga marcharam pela Rodovia Abrão Assed em direção à cidade de Ribeirão Preto. Eles caminharam das 6h às 10h, por dez quilômetros, e pararam para descanso, devendo retomar a marcha amanhã (19), quando percorrem mais 15 quilômetros até a entrada da cidade, onde montarão um acampamento.

Na quinta-feira (20), o grupo encerrará a marcha no centro de Ribeirão Preto, quando se juntará a outras organizações para as manifestações contra a política econômica do governo federal e em defesa da democracia. Os trabalhadores estão mobilizados especialmente pela adjudicação (posse legal) da Fazenda Martinópolis, onde, há mais de sete anos, está montado o Acampamento Alexandra Kollontai, cidade de Serrana.

A representante da direção nacional do MST, Kelli Mafort, disse em nota que “é gritante a situação dos trabalhadores e trabalhadoras acampadas no local. Não dá mais para adiar. Já são mais de sete anos debaixo da lona preta, em péssimas condições de moradia, sem água, sem trabalho. Essas famílias têm que ser assentadas imediatamente”.

Em Minas Gerais, os trabalhadores marcharam pela Avenida Cristiano Machado, em Belo Horizonte, até o Palácio Tiradentes, onde, segundo o coordenador estadual do MST, Silvio Netto, foi anunciada a desapropriação das três fazendas que estavam na pauta: Nova Alegria, em Felisburgo, onde aconteceu um massacre de camponeses, em 2004; Fazenda Gravatá, em Novo Cruzeiro; e Ariadnópolis, em Campo do Meio.

Netto disse que o grupo ficará acampado nas proximidades da Assembleia Legislativa de Minas Gerais até quinta-feira, dia de manifestações em favor da democracia e contra o ajuste fiscal. Apesar de reconhecer a abertura do governo estadual para o diálogo sobre as reivindicações do MST, ele disse que “somente conversa não basta”, que é preciso ações concretas.

Agência Brasil Agência Brasil
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