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Morre em Belém gari que inalou gás lacrimogêneo em protesto

21 jun 2013 - 13h43
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Uma gari que inalou gás lacrimogêneo lançado pela polícia contra manifestantes na cidade de Belém (Pará) morreu nesta sexta-feira vítima de parada cardíaca e se transformou na segunda vítima fatal dos protestos que estão ocorrendo em todo o país.

A primeira vítima foi um jovem que morreu atropelado ontem à noite na cidade de Ribeirão Preto em uma manifestação.

A gari Cleonice Vieira de Moraes, de 54 anos, teve que ser hospitalizada ontem à noite depois de passar mal por ter inalado gás lacrimogêneo lançados pela polícia para dispersar os manifestantes concentrados na capital do Pará.

A funcionária pública, que sofria de hipertensão, morreu na manhã desta sexta-feira pelas complicações de duas paradas cardíacas, segundo informou o secretário municipal de Saneamento de Belém, Luiz Otavio Mota, em entrevista coletiva.

Cleonice estava junto com outros garis em um local do centro de Belém que seria limpado após a passagem dos manifestantes mas a explosão de uma bomba de efeito moral dispersou o grupo.

A primeira vítima dos protestos foi o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, que morreu atropelado pelo motorista de um veículo que lançou o automóvel contra um grupo de manifestantes que bloqueavam uma via em Ribeirão Preto.

Apesar do caráter pacífico da maioria das manifestações em 80 municípios, os protestos em algumas cidades terminaram com incidentes violentos.

Os enfrentamentos entre policiais e manifestantes na noite da quinta-feira deixaram pelo menos 62 feridos no Rio de Janeiro e 50 em Brasília.

Os conflitos foram provocados geralmente pela tentativas de pequenos grupos de manifestantes de invadir prédios públicos como o Congresso Nacional, o Palácio de Itamaraty, a prefeitura do Rio de Janeiro e a sede do governo do Ceará.

Os protestos começaram na semana passada em São Paulo, exclusivamente contra a alta das tarifas de transporte público, mas ganharam outras reivindicações, como maiores investimentos na saúde e educação pública, além de conterem críticas aos elevados gastos do governo para organizar eventos como a Copa do Mundo de 2014.

Apesar de várias prefeituras, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, terem anunciado a redução das passagens de ônibus, metrô e trem, os manifestantes mantiveram seus protestos.

EFE   
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