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Morre a ex-guerrilheira Maria Augusta Carneiro Ribeiro

15 mai 2009 - 18h08
(atualizado às 19h47)
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Morreu na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, a ex-guerrilheira Maria Augusta Carneiro Ribeiro. Aos 62 anos, ela havia sofrido um acidente de carro em Búzios (RJ) e estava internada desde o dia 25 de abril.

Maria Augusta Carneiro Ribeiro em foto de maio de 2008
Maria Augusta Carneiro Ribeiro em foto de maio de 2008
Foto: Alexandre Vieira / Futura Press

Guta, como era conhecida pelos colegas, foi a única mulher presente entre os 13 presos políticos do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) que foram trocados por Charles Elbrick, embaixador dos Estados Unidos na América Latina, que havia sido seqüestrado em 1969 pelo grupo. Durante o episódio do seqüestro, a ex-guerrilheira teve seus dentes quebrados a murros por um torturador.

Nascida em 1947, desde 2003 Guta trabalhava como ouvidora e coordenadora da Comissão de Diversidade da Petrobras. Em nota, a empresa lamenta a morte e informou que está prestando toda assistência à família da ex-guerrilheira. Segundo a estatal, ela colocou em prática uma política que prioriza os direitos humanos.

Guta foi a fundadora do PT no Rio de Janeiro. Durante o governo de Benedita da Silva, foi diretora da fundação Santa Cabrini, ligada à recuperação de detentos. Apesar de seu envolvimento com a política nacional, Maria Augusta nunca foi candidata, preferiu atuar como sindicalista e defensora das classes trabalhadoras.

O episódio com o embaixador americano não foi a única vez em que ela foi presa. Em 1968, em plena ditadura militar, quando era estudante de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Guta foi detida durante uma reunião clandestina da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna, interior de São Paulo.

Segundo a Petrobras, após o acidente em Búzios, ela teve múltiplas escoriações. Ela estava internada no hospital particular Copa D'Or

Fonte: Terra
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