PUBLICIDADE

Ministério recomenda oseltamivir em alguns casos de gripe

21 jun 2011 - 16h32
(atualizado às 16h41)
Compartilhar

Para evitar aumento de casos de gripe, o Ministério da Saúde decidiu recomendar aos profissionais de saúde o uso do remédio oseltamivir no tratamento de pessoas com sintomas da influenza A H1N1, gripe suína, e de quem está sujeito a desenvolver casos graves da doença. Os médicos devem prescrever o remédio para pessoas com febre, tosse, cansaço e dores de garganta e cabeça.

Na campanha de Mobilização de Vacinação contra a Gripe, o Ministério da Saúde quer iminuzar cerca de 24 milhões de pessoas
Na campanha de Mobilização de Vacinação contra a Gripe, o Ministério da Saúde quer iminuzar cerca de 24 milhões de pessoas
Foto: Agência Brasil

O medicamento é indicado também para prevenção em idosos, crianças com menos de 2 anos de idade, gestantes e portadores de doenças crônicas, como câncer, aids, diabetes, doenças cardíacas e obesidade - grupos que têm mais chance de ter complicações como pneumonia e insuficiência respiratória. A orientação vale também para quem vive em asilos, internatos e presídios.

O ministério recomenda que o tratamento seja iniciado de imediato, mesmo sem confirmação de exame de laboratório. Segundo o ministério, o remédio tem efeito mesmo se aplicado após 48 horas do aparecimento dos sintomas. O oseltamivir é o genérico do Tamiflu, marca mais usada contra o vírus da gripe suína.

De acordo com o Ministério da Saúde, com o fim da pandemia causada pelo Influenza H1N1, o vírus continua a circular, podendo provocar casos graves em pessoas vulneráveis, mas sem risco de uma epidemia. Neste ano, quatro pessoas morreram por causa da doença no Rio Grande do Sul, mas o ministério descarta uma avalanche de casos, como em 2009, quando mais de 2 mil pessoas morreram no Brasil.

A campanha de vacinação contra a gripe já imunizou mais de 24 milhões de brasileiros em 2011. O oseltamivir está disponível nos estoques dos Estados e no programa Farmácia Popular.

A gripe suína

A gripe que ficou popularmente conhecida como suína é uma doença respiratória causada pelo vírus Influenza A (H1N1), que representa o rearranjo de quatro cêpas: duas suínas, uma aviária e uma humana. Detectada inicialmente no México, em abril de 2009, em poucos dias ela atingiu Estados Unidos, Canadá, Espanha, Inglaterra e vários outros países, incluindo o Brasil. Em junho de 2009, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou o nível de alerta de pandemia da gripe A para fase 6, indicando ampla transmissão em pelo menos dois continentes.

Os sintomas da suína são parecidos com o da gripe comum, porém, mais agudos. Conforme o Ministério da Saúde, o paciente infectado costuma apresentar febre repentina acima de 38ºC, tosse, dor de cabeça, nos músculos e articulações e problemas respiratórios. Normalmente, os sintomas começam no período de três a sete dias após o contato com o vírus.

A gripe A é contraída apenas por via aérea, de pessoa para pessoa, principalmente através de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de infectados, especialmente em locais fechados. O tratamento indicado é com o medicamento antiviral Tamiflu, que contém oseltamivir, substância já usada contra a gripe aviária. Indicado pela OMS, o medicamento está disponível na rede pública para ser usado apenas por recomendação médica, a partir de um protocolo definido.

Em 2010, foram distribuídas vacinas específicas para o vírus da gripe suína em diversos países do mundo. Já em 2011, com a propagação do vírus controlada, o governo brasileiro distribuiu vacinas para gripe normal. Elas são indicadas especialmente para quem se enquadra no grupo de risco (idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos incompletos, indígenas e profissionais de saúde).

Apesar de a OMS ter anunciado uma pandemia do vírus, autoridades afirmam que a nova gripe tem baixa letalidade e, assim como a variação comum, as mortes são geralmente associadas a outras doenças ou à fragilidades da pessoa infectada. Em 2009, 2.051 morreram em decorrência da gripe suína no Brasil. Em 2010, o número baixou para 104.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade