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Minc atribui queda do desmatamento a aumento da fiscalização

4 nov 2009 - 18h07
(atualizado às 18h43)
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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou a queda do desmatamento na Amazônia registrada em setembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgada nesta quarta-feira. Minc atribuiu a diminuição do desmate a ações de inteligência, aumento da fiscalização e à Operação Arco Verde, que leva informações sobre desenvolvimento sustentável e títulos fundiários à região.

Os satélites do Inpe registraram 400 km² de desmatamento na Amazônia em setembro. Em relação ao mesmo período de 2008, quando o desmate atingiu 587 km², houve queda de 31,8%. De janeiro a setembro deste ano, o desmate acumulado é de 2.855 km². Em relação ao mesmo período de 2008, houve redução de 54%.

Umas das estratégias de combate ao desmatamento é o aumento do controle sobre os documentos de manejo florestal. Em setembro, os agentes de fiscalização bloquearam 43 planos de manejo "piratas" por meio do Documento de Origem Florestal (DOF), um sistema online que rastreia a origem e o destino da madeira retirada em áreas de manejo. A ação foi aplicada em Rondônia este mês e deve ser estendida para outros Estados da Amazônia.

"Muitas vezes esse planos são fantasmas ou sobrepostos a planos que já existem. O manejo pode ser tanto uma boa solução para a exploração madeireira, quanto um buraco negro para 'esquentar' madeira ilegal", disse o ministro.

Os planos de manejo são autorizados pelos órgãos ambientais dos Estados. No entanto, segundo Minc, a ideia não é criar uma guerra entre o governo federal e as secretarias estaduais. "Não é nosso objetivo colocar ninguém na fogueira. Até porque o problema é sistêmico. Os órgãos não têm infraestrutura, as pessoas trabalham sob pressão", afirmou.

De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, um dos principais focos da repressão ao desmatamento ilegal tem sido a "descapitalização" dos infratores. De janeiro a outubro, foram apreendidos 399 caminhões, 71 tratores e foram fechadas 233 serrarias. "A estratégia é desmontar toda a estrutura das serrarias", disse.

Agência Brasil Agência Brasil
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