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Militares de Canadá e Paraguai integrarão contingente brasileiro no Haiti

20 mar 2013 - 19h16
(atualizado às 20h32)
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Um grupo de 61 soldados e quatro oficiais do Canadá e do Paraguai vão integrar o contingente que o Brasil enviará ao Haiti entre 13 de maio e 4 de junho para reforçar a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no País.

Os militares canadenses e paraguaios serão treinados no Brasil entre 22 de abril e 3 de maio, na cidade de Campo Grande, em uma dependência do Comando Militar do Oeste, antes de viajar para o Haiti, e atuarão como integrantes do batalhão brasileiro, segundo comunicado do Ministério da Defesa.

A participação de soldados estrangeiros em um batalhão brasileiro no Haiti também já foi autorizada pela presidente Dilma Rousseff, segundo a nota.

A decisão foi divulgada por meio de uma carta entregue nesta quarta-feira pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o general José Carlos De Nardi, ao embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar.

O Canadá e o Paraguai tinham manifestado interesse em reforçar o contingente brasileiro que será enviado ao Haiti, e o desejo dos dois países foi encaminhado pela ONU ao Ministério da Defesa do Brasil. O titular da pasta, Celso Amorim, submeteu então o pedido à avaliação de Dilma.

O contingente brasileiro que será enviado ao Haiti será inferior, em número de integrantes, ao que voltará ao País, que pretende começar a reduzir sua presença militar nessa nação caribenha.

O Conselho de Segurança da ONU, que se reuniu no final de 2012, renovou por um ano o mandato de sua missão no Haiti, até o dia 15 de outubro de 2013, mas com uma nova redução de efetivos militares, que passarão de 7.340 para 6.270.

A Missão de Paz das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) foi estabelecida pelo Conselho de Segurança em 2004 após o então presidente Jean-Bertrand Aristide ser exilado, no período posterior ao conflito armado que tomou conta de várias cidades do País.

O Brasil é o país com maior número de soldados na Minustah, e, por isso, durante uma visita da subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, há duas semanas, Amorim se dispôs a transmitir as experiências que adquiriu como líder da força de paz da ONU no Haiti aos integrantes de missões humanitárias das Nações Unidas em outros países.

Amorim disponibilizou ainda o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) - base do Ministério no Rio de Janeiro - para "receber um crescente número de militares, inclusive de outros países, designados para missões de paz".

EFE   
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