Mesmo em greve, PM garante 'normalidade' de serviços no Rio
10 fev2012 - 08h14
(atualizado às 08h17)
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Horas após entrar em greve junto a policiais civis e bombeiros, a Polícia Militar garantiu no início da manhã desta sexta-feira "normalidade" em todo Estado. Mesmo com o acerto de não deixar os quartéis para atender ocorrências, a corporação disse que "todas suas unidades estão em pleno funcionamento, contando inclusive com o apoio de policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e do BPChq (Batalhão de Policiamento de Choque) no patrulhamento".
A Polícia Militar diz que não há paralisação de nenhum tipo de serviço para o cidadão e "reitera seu compromisso com a segurança da população do Rio de Janeiro".
A greve foi negociada na noite de ontem e ratificada em assembleia ocorrida na Cinelândia, no centro do Rio. Na reunião estavam presentes cerca de 2 mil pessoas. Na Polícia Civil, a greve altera a quantidade de oficiais na ativa, a orientação é de que apenas 30% dos policiais civis fiquem nas ruas durante a greve.
Os bombeiros prometem uma espécie de operação padrão. Garantem, no entanto, que vão atender serviços essenciais à população, especialmente resgates que envolvam vidas em risco, além de incêndios e recolhimento de corpos. Os salva-vidas que trabalham nas praias devem trabalhar sem a farda, segundo o movimento grevista.
Policiais e bombeiros exigem piso salarial de R$ 3,5 mil. Atualmente, o salário base fica em torno de R$ 1,1 mil, fora as gratificações. A proposta do governo contempla antecipação de reajustes já programados e correção baseada na inflação, em 2014. O governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), acenou também com um auxílio transporte de R$ 100, além da criação de um banco de horas, mas a proposta foi considerada insuficiente.
Policiais e bombeiros do Rio se reuniram na Cinelândia para votar indicativo de greve na sexta-feira
Foto: Luiz Gomes / Futura Press
A categoria pediu a libertação do bombeiro Benevenuto Daciolo, preso acusado de incitar atos violentos na Bahia
Foto: Luiz Gomes / Futura Press
Cristiane, mulher de Daciolo, disse que a prisão de seu marido é arbitrária
Foto: Luiz Gomes / Futura Press
Foto: Terra
Segundo informações dos grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência
Foto: Luiz Gomes / Futura Press
No momento em que os dois militares se entregaram, policiais deram as mãos em frente ao quartel
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra
Foto: Terra
Cristiane Daciolo, mulher do cabo Benevenuto Daciolo, preso em Bangu I, dá entrevista em frente ao Copacabana Palace
Foto: Giuliander Carpes / Terra
Ônibus dos bombeiros chega para manifestação marcada para ocorrer em frente ao Copacabana Palace neste domingo
Foto: Giuliander Carpes / Terra
Justificativa para o baixo quórum na manifestação em Copacabana foi a chuva
Foto: Giuliander Carpes / Terra
Manifestação em frente ao Copacabana Palace não atraiu muitos integrantes da PM, da Polícia Civil e dos bombeiros neste domingo
Foto: Giuliander Carpes / Terra
Foto: Terra
"Só queremos remuneração digna. Não pensamos nisso quando temos que salvar alguém, mas quando vemos nossa família passando dificuldade isso pega", disse o salva-vidas
Foto: Giuliander Carpes / Terra
"Nós não somos criminosos. Estamos trabalhando porque não queremos prejudicar a população. Mas muitos de nós estão presos e não podem trabalhar", afirmou o cabo dos bombeiros e salva-vidas Laercio Soares
Foto: Giuliander Carpes / Terra
Mesmo com a greve, muitos salva-vidas realizaram resgates no Rio de Janeiro