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MediaON

Redes sociais criam fontes e reforçam marca pessoal no jornalismo

5 dez 2012 - 16h44
(atualizado às 16h58)
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Thiago Tufano
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

Burt Herman, Carmela Ríos e Roberto Toleto durante o painel
Burt Herman, Carmela Ríos e Roberto Toleto durante o painel
Foto: Fernando Borges / Terra

As redes sociais foram o principal assunto de mais um debate no segundo dia da 6º edição do MediaOn - Seminário Internacional de Jornalismo Online, com o tema "Como a tecnologia está mudando a produção, distribuição e customização de conteúdos". Uma das participantes do debate, Carmela Ríos, editora-chefe do Terra na Espanha, acredita que o Twitter e as outras mídias são uma fonte genuína de notícia e ao mesmo tempo reforçam uma marca pessoal do jornalismo.

"O Twitter é uma rede social, mas se você utilizar a ferramenta ela se torna infinita. É uma forma que permite criar fontes e reforçar uma marca pessoal. Não cria nenhum tipo de barreira", afirmou. Porém, a jornalista ressaltou a importância da apuração dos fatos em cima do que é recebido pelas várias mídias existentes.

"É um lugar que pode ser uma fonte, de utilidade bastante significativa. Não acredito no jornalismo cidadão. A contribuição de colocar no Twitter precisa de um tratamento e esse é o trabalho do jornalista. Mas isso não quer dizer que não existe um valor nisso", completou.

O jornalista Burt Herman, CEO do Storify e fundador do Hack/Hackers, concordou com Carmela e disse que sua profissão é indispensável para a qualidade do conteúdo das mídias.

"Qualquer pessoa pode ser repórter, mas nem todo mundo pode ser jornalista. Precisamos de jornalistas trabalhando nisso", opinou Herman. "Ainda precisamos dos dois. Você não pode ficar no escritório e ir para o Twitter ver o que está acontecendo. Precisamos sempre buscar novas histórias, ideias para novas reportagens", disse.

Um dos criadores do Storify, ferramenta que reúne grande parte das mídias sociais em um mesmo lugar, Herman fez questão de atentar para o "perigo" de mensagens no Twitter ou em qualquer outra rede social.

"Tweets são públicos. O que você coloca na mídia social é público e se você não quer que se torne público, não coloque na mídia social, coloque em um livro e guarde", afirmou. Já Carmela Ríos foi mais direta no conselho. "Se tem dúvida, não tweet e não tweet quando estiver bêbado".

MediaOn

O MediaOn reúne profissionais do Brasil e do mundo para discutir grandes temas do setor, como o futuro da mídia, o impacto das novas tecnologias e como o mercado de notícias em geral está lidando com as mudanças radicais no meio.

Rumos e a abundância cultural

Em paralelo ao MediaOn, o Rumos aborda o tema "De gatekeeper ao gatewatcher
", e busca respostas para a abundância de informação na internet, que está reconfigurando o jornalismo cultural. Sites, blogs, mídias sociais, comunidades de interesse e projetos colaborativos ampliaram o público e o colocaram diretamente em contato com fontes e produtores, sem intermediários, cabendo ao jornalista de cultura deixar de ser um editor para atuar mais como um moderador. A perda de influência é apenas um dos dilemas do jornalismo cultural diante da cultura em rede. Por isso, sua reconfiguração é o tema proposto para o seminário, que levará a São Paulo palestrantes como Gumersindo La Fuente, Javier Celaya, Giselle Beiguelman, Barbara Heliodora, Rodrigo Savazoni, Espern Aarseth e Armando Antenore, além dos cantores Emicida e Lobão.

Fonte: Terra
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