PUBLICIDADE

MediaON

Rumos 2012: games são gênero cultural predominante na arte

7 dez 2012 - 21h12
Compartilhar

Thiago Tufano
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

Professor Espen Aarseth, do departamento de mídia e comunicação da Universidade de Oslo, na Noruega, participou do Rumos 2012
Professor Espen Aarseth, do departamento de mídia e comunicação da Universidade de Oslo, na Noruega, participou do Rumos 2012
Foto: Marcelo Pereira / Terra

O último painel do Rumos 2012 - 4º Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural, foi apresentado no início da noite desta sexta-feira, em São Paulo, com o polêmico tema "Game também é cultura?". Espen Aarseth, professor do departamento de mídia e comunicação da Universidade de Oslo, na Noruega, e criador de conceitos fundamentais para a teoria dos games e da literatura eletrônica, subiu ao palco e iniciou o debate afirmando que os games são o gênero cultural predominante na arte.

Siga o MediaOn 2012 no Twitter

"Eles com certeza e obviamente são arte. Não somente são arte, mas também são um gênero cultural predominante. Os games influenciam outros gêneros culturais o que os torna predominante entre as artes. Basta vermos no cinema, como Angry Birds, Star Wars ou Avatar", afirmou Espen.

Lucia Santaella, professora titular na pós-graduação em comunicação e semiótica e coordenadora da pós-graduação em tecnologias da inteligência e design digital da PUC-SP, fez uma apresentação mais teórica, mas concordou com Espen ao dar uma resposta positiva ao tema do painel, citando o cinema como exemplo.

"Os games repetem um pouco a história do cinema. Quando começaram a escrever textos mais analíticos sobre o cinema, imediatamente ele apareceu como forma de arte. É um campo híbrido, poli e metamórfico que se transforma em uma velocidade", afirmou a autora do livro "Mapa do Jogo: A Diversidade Cultural dos Games".

Lucia disse ainda que, apesar de saber que os amantes de cinema odiariam isso, repetiu uma frase já dita anteriormente. "O cinema interativo já existe, é o game. A conversação dos games com outras mídias é frequente. Os games são muito aptos para absorver gêneros como fantasia, aventura, ficção, etc e não só recontam história de um filme ou texto, como também", afirmou.

O terceiro participante do painel foi Arthur Protasio, escritor e designer de narrativas, que coordena o Centro de Tecnologia Social Game Studies da Fundação Getulio Vargas. Arthur também citou o cinema para confirmar a resposta dos outros dois companheiros de palco.

"Apesar de ser uma mídia nova, há muitas pessoas que dão atenção ao jogo por conta da visibilidade econômica. A mídia dos jogos ganhou uma visibilidade muito grande com o feito de passar para o cinema. Os jogos foram influenciados pela literatura e ainda são e também pelo cinema, e ainda são", completou.

Evento

O 4º Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural ocorre junto com a 6ª edição do MediaOn. Os eventos discutem o jornalismo e a comunicação no século XXI e como o novo jornalista se comporta - ou deveria se comportar - diante dos fenômenos causados pelas redes sociais, colaboração e mobilidade. Os encontros são promovidos pelo Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, e o Itaú Cultural até a próxima sexta-feira. Em 2012, o evento conta ainda o apoio da Online News Association, dos Estados Unidos.

O seminário é aberto a jornalistas, profissionais de mídia e publicidade, executivos, pesquisadores e estudantes e será transmitido ao vivo pelo Terra na web, em celulares e tablets. O MediaOn reúne anualmente profissionais do Brasil e do mundo para discutir grandes temas do setor como o futuro da mídia, o impacto das novas tecnologias e como mercado de notícias em geral está lidando com as mudanças radicais no meio. Nas últimas edições, contou com profissionais de veículos como BBC, New York Times, CNN, Globo, Facebook, The Guardian, Pro-Publica, Google, Microsoft, Clarín, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e Abril, além de agências, anunciantes e especialistas.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade