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MediaON

Amy Mitchell: vivemos a transição da era do laptop para a do tablet

5 dez 2012 - 11h48
(atualizado às 11h53)
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Thiago Tufano
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

O debate "Qual o futuro da Notícia", que abriu o segundo dia da 6ª edição do MediaOn - Seminário internacional de jornalismo online - discutiu na manhã desta quarta-feira, em São Paulo, as mudanças no consumo das notícias e as suas consequências. De acordo com Amy Mitchell, vice-diretora do Pew Research Center's Project for Excellence in Journalism, de Washington, as pessoas estão recorrendo a novas fontes para consumir notícias e estamos vivendo uma transição entre a era do laptop e do tablet.

Além de Reis e Dória, o debate contou com a participação de Amy Mitchell, vice-diretora do Pew Research Center's Project for Excellence in Journalism, que falou direto dos EUA, por videoconferência
Além de Reis e Dória, o debate contou com a participação de Amy Mitchell, vice-diretora do Pew Research Center's Project for Excellence in Journalism, que falou direto dos EUA, por videoconferência
Foto: Fernando Borges / Terra

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"As pessoas leem mais notícias quando estão em suas casas. Cerca de metade da população verifica notícias nos seus dispositivos móveis. Os eventos noticiados são um terço das buscas da Internet", disse ela.

Outro convocado para debater o assunto, o editor-executivo de plataformas móveis de O Globo, Pedro Dória, disse que o lançamento dos tablets, há dois anos, aumentou o tempo de visita dos usuários com o conteúdo digital da empresa. "Tem sido uma experiência emocionante trabalhar com tablet. É um negócio que todo mundo vai ter. Hoje ainda está um pouco restrita às classes A e B. Faz mais sentido hoje, mesmo com os preços brasileiros, comprar um tablet, não um computador".

Terence Reis, sócio e diretor de operações Grupo Pontomobi, acredita que encapsular o conteúdo e tentar replicá-lo em diferentes plataformas móveis não é uma estratégia adequada. "A primeira era da internet está ficando para trás. É preciso estudar como cobrar pelo conteúdo. Free não é um modelo de negócios", disse.

De acordo com ele, hoje os conteúdos estão desempacotados. "A gente não entra mais na capa para ver uma notícia. Durante a navegação, vamos encontrando aquilo que nos interessa", diz.

O MediaOn reúne profissionais do Brasil e do mundo para discutir grandes temas do setor, como o futuro da mídia, o impacto das novas tecnologias e como o mercado de notícias em geral está lidando com as mudanças radicais no meio.

Rumos e a abundância cultural

Em paralelo ao MediaOn, o Rumos aborda o tema "De gatekeeper ao gatewatcher", e busca respostas para a abundância de informação na internet, que está reconfigurando o jornalismo cultural. Sites, blogs, mídias sociais, comunidades de interesse e projetos colaborativos ampliaram o público e o colocaram diretamente em contato com fontes e produtores, sem intermediários, cabendo ao jornalista de cultura deixar de ser um editor para atuar mais como um moderador.

A perda de influência é apenas um dos dilemas do jornalismo cultural diante da cultura em rede. Por isso, sua reconfiguração é o tema proposto para o seminário, que levará a São Paulo palestrantes como Gumersindo La Fuente, Javier Celaya, Giselle Beiguelman, Barbara Heliodora, Rodrigo Savazoni, Espern Aarseth e Armando Antenore, além dos cantores Emicida e Lobão.

Fonte: Terra
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