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'Me senti humilhado', diz advogado fotografado por professora em aeroporto

10 fev 2014 - 15h35
(atualizado às 16h18)
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Foto foi postada no perfil da professora no Facebook, mas ganhou repercussão ao ser reproduzido pela página 'Dilma Bolada'
Foto foi postada no perfil da professora no Facebook, mas ganhou repercussão ao ser reproduzido pela página 'Dilma Bolada'
Foto: Reprodução

O advogado Marcelo Pereira dos Santos, 33 anos, disse ter se sentido "bastante humilhado e magoado" com a postagem no Facebook feita pela professora do curso de Letras da PUC-Rio, Rosa Marina Meyer, no último dia 4 de fevereiro. Ele é sócio de um escritório de advocacia especializado em direito empresarial e marcas e patentes em Nova Serrana, a 100 km de Belo Horizonte, e voltava de um cruzeiro marítimo pela Argentina, Uruguai e costa brasileira com dois amigos quando foi fotografado no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. 

Na foto, o advogado aparece de bermuda e camiseta. Na legenda, a professora postou: "Aeroporto ou rodoviária"?, e teve a simpatia de vários seguidores que ironizaram a foto e as roupas do advogado, que afirmou não ter visto o momento da foto ter sido tirada. "Usava aquela roupa porque estava à vontade, estava muito quente", explicou.

"O ato dela foi preconceituoso. Os comentários de muitas pessoas que a acompanharam também. Um preconceito de quem acha que uma pessoa pobre não pode andar de avião, não pode frequentar um local como aquele", analisou.

O advogado disse que uma amiga foi quem mostrou a foto primeiro na página Dilma Bolada, depois nas redes sociais. "Inicialmente achei que era uma brincadeira de um dos amigos que foram comigo. Depois vi que não. Na hora fiquei chocado, assustado, e sem graça porque percebi que a postagem era uma crítica ao modo como eu estava vestido naquele lugar. Depois fui vendo que a maioria dos comentários da matéria era de indignação, que as pessoas estavam do meu lado, o que me deixou um pouco mais calmo," revelou. "Minha família ficou chocada, assustada. Foi difícil dormir naquela quinta-feira", contou.

Marcelo Pereira dos Santos disse que tem recebido mensagens de solidariedade de usuários de redes sociais do Brasil e do exterior, e que ainda não decidiu, mas "cogita" em entrar com um processo judicial contra a professora e os seguidores dela que fizeram comentários preconceituosos nas redes sociais. O advogado disse ainda que não sabe qual reação teria caso Rosa Marina Meyer o procurasse para pedir desculpas, mas afirmou que "isso seria o mínimo que ela poderia fazer".

Após a polêmica, a professora apagou a postagem no Facebook e postou um pedido de desculpas na rede social.

Fonte: Especial para Terra
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