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Marcha das Vadias reúne 3 mil pessoas em Brasília

22 jun 2013 - 19h49
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Cerca de três mil pessoas convocadas por uma organização que luta contra a suposta ideia de que as próprias mulheres são responsáveis pelos abusos sexuais que sofrem adediram às manifestações que ocorrem no Brasil desde a semana passada.

Os manifestantes se concentraram em frente à sede do Congresso Nacional em Brasília para expressar também suas reivindicações em uma dia no qual foram registrados protestos em cerca de 70 cidades do país, embora menos intensos do que nos dias anteriores.

O protesto em Brasília foi convocado pela organização que se autodenomina "Marcha das Vadias", que faz parte de um movimento internacional que se estendeu por todo o mundo a partir de uma manifestação em Toronto em abril de 2011.

As participantes deste coletivo, vestidas de forma provocativa, com roupa íntima e algumas fazendo topless, protestaram contra a "crença machista" que as mulheres, pela forma insinuante como se vestem, têm parte da culpa quando são violentadas ou acossadas sexualmente.

Na manifestação deste sábado em Brasília, os militantes protestaram especificamente contra um projeto de lei em discussão no Congresso que concede subsídios às mulheres violentadas que não desejam exercer o direito de abortar e contra um projeto de lei que permite que os psicólogos ofereçam tratamentos para "curar" os homossexuais.

"O discurso conservador de alguns legisladores é muito preocupante. Não podemos retroceder nos direitos que já conquistamos. Queremos que o Estado nos deixe ter direitos e opções sobre nosso próprio corpo. Queremos também a descriminalização do aborto", afirmou a socióloga Bárbara Amaral, uma das organizadoras da marcha.

"Estas manifestações são importantes para educar a população", acrescentou a professora Marcia Acioli ao se referir aos protestos que, por diferentes motivos, estão sendo realizados pelos brasileiros em várias cidades do país.

Apesar de coincidir com as manifestações que se multiplicam no Brasil, este foi o terceiro ano consecutivo em que as "vadias" marcharam por Brasília.

EFE   
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