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Manifestantes divulgam "manual" de segurança em protestos

17 jun 2013 - 13h13
(atualizado às 13h43)
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O grupo Occupy São Paulo, que participa dos protestos contra a alta dos preços do transporte que se reunirá novamente nesta segunda-feira, divulgou um "manual", que diz, entre outras coisas, como se proteger da polícia.

Trata-se, segundo os organizadores das manifestações, de um "guia completo para protestar e ajudar de casa", para "agir durante o protesto" e "lidar com o gás lacrimogêneo e bombas" que a polícia vem usando na repressão dos protestos.

As ações contra o aumento das passagens do transporte público começaram há uma semana em São Paulo, se expandiram pelo país e para hoje foram convocadas concentrações em 20 cidades.

O manual, compartilhado em redes sociais, orienta os manifestantes sobre como agir no caso de serem detidos e oferece assistência jurídica de advogados ligados ao Movimento Passe Livre (MPL), nascido nas universidades e que convoca os protestos.

Para quem ficar em casa ou no trabalho mas estiver na região de alguma manifestação, o movimento pede "coloque uma bandeira branca na janela" e "abra seu wi-fi", a fim de facilitar a divulgação de imagens e vídeos dos protestos com a maior velocidade possível.

Quanto aos que pretendem ir para as ruas, o grupo recomenda levar água e vinagre, que ajudam a amenizar o efeito do gás lacrimogêneo, e andar "sempre acompanhado por um grupo", pois isso inibe a repressão policial.

Sobre as roupas, o texto recomenda roupas impermeáveis e óculos de natação, que também ajudam proteger dos gases, assim como tênis, que permitam agilidade na hora de correr da polícia.

O texto também sugere compartilhar a maior quantidade de informação possível sobre o que acontece nas manifestações, com o objetivo de que "todos saibam que está passando".

Mais à frente, recomenda "relaxe!", "medo e confusão pioram tudo".

Se houver distúrbios, "lute mas não recorra à violência" e "se afaste dos ambientes onde está acontecendo combate, depredações e conflito", pois "essas ações invalidam e deturpam o valor da manifestação", assinala.

O "manual" também inclui um parágrafo dedicado aos que se abstêm de participar dos protestos ou inclusive as rejeitam.

"Você não precisa ser contra nem a favor. Se não vai participar, o melhor é evitar a região do protesto" e "A população está saindo nas ruas para reivindicar um direito básico. Não seja o chato que reclama porque chegou 2 horas mais tarde em casa", diz o manual.

EFE   
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