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Manifestação pacífica bloqueia um dos acessos ao Castelão

23 jun 2013 - 16h59
(atualizado às 20h44)
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Cerca de 250 manifestantes bloquearam temporariamente uma das vias de acesso ao estádio do Castelão, em Fortaleza, onde acontece a partida entre Espanha e Nigéria pela Copa das Confederações, para protestar contra os altos investimentos do Governo para realizar a Copa do Mundo de 2014.

O protesto, um dos muitos por melhores serviços públicos que ocorrem no Brasil há duas semanas, interrompeu o trânsito na avenida Alberto Craveiro, uma das principais vias de acesso ao Castelão, quando faltava uma hora para o início da partida.

Os torcedores, no entanto, enfrentaram poucos problemas para chegar ao estádio porque a polícia desviou o trânsito para outras ruas e a maioria das pessoas preferiu chegar cedo ao Castelão justamente para evitar problemas.

O protesto ocorre a cerca de 2,5 quilômetros de distância do Castelão e foi convocado para criticar os altos investimentos e os possíves desvios de recursos públicos na construção dos estádios que a Fifa exigiu do Brasil como sede do Mundial de 2014 e da Copa das Confederações, que começou há uma semana.

Os manifestantes fecharam a via por cerca de meia hora, mas não avançaram rumo ao estádio como alguns queriam, porque a polícia montou um cerco para fechar a passagem.

Após uma rápida negociação com a polícia, os manifestantes mudaram o percurso e se dirigiram a uma via de acesso do aeroporto internacional de Fortaleza, gerando transtornos para pessoas com voos marcados que se dirigiam ao terminal aérea.

Além de Fortaleza, para este sábado também há manifestações programadas nas cidades do Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre e Brasília.

Apesar de perderam intensidade desde quinta-feira, quando cerca de 1,2 milhões de brasileiros se mobilizaram, as manifestações, apoiadas por 75% dos brasileiros segundo uma pesquisa divulgada no sábado, continuam.

Nem o convite ao diálogo e a um pacto nacional para melhorar os serviços públicos feitos pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira e nem a redução das tarifas no transporte público, que era a reivindicação inicial dos manifestantes, convenceram os brasileiros a parar com as manifestações.

Os protestos começaram na semana passada em São Paulo, exclusivamente contra o aumento das tarifas de transporte público, mas ganharam outras reivindicações, como maiores investimentos na saúde e educação, e críticas contra a corrupção e as elevadas despesas do Governo para organizar eventos como o Mundial de futebol de 2014.

EFE   
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