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Mais de um terço das cidades brasileiras têm IDH alto

29 jul 2013 - 16h25
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O número de cidades brasileiras com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto saltou de nenhuma em 1991 para 1.889 em 2010, o equivalente a 33,9% de municípios do país, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira pelo governo.

Esse progresso permitiu que o Índice de Desenvolvimento Humano das cidades brasileiras subisse da classificação "muito baixo" para "alto", indica o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.

O estudo foi elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que calcula o IDH por países no mundo todo, e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir dos dados dos censos de 1991, 2000 e 2010.

O IDH é usado pelo Pnud para avaliar o grau de desenvolvimento dos países por uma perspectiva não somente econômica, e avalia em três aspectos do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda.

Enquanto a porcentagem de municípios brasileiros com índice "muito baixo" caiu de 85,8% em 1995 até 70% em 2000 e alcançou 0,6% em 2010, o de cidades com índice "alto" subiu de zero em 1991 para 2,3% em 2000 e alcançou 33,9% em 2010.

Isso significa que apenas 32 cidades permanecem no nível considerado como muito baixo. Essa melhoria permitiu que o IDH brasileiro crescesse 47,5% em 20 anos. O índice varia de 0 a 1, quanto mais próximo em 1991, nível considerado muito baixo até 0,727 pontos em 2010, considerado alto.

Contribuiu para a melhoria o aumento da renda per capita mensal, que saltou desde R$ 447,56 (US$ 198) em 1991 para R$ 793,87 (US$ 351) em 2010, e a elevação do percentual de adultos brasileiros com educação primária completa, que era de apenas 30,1% e foi para 54,9% no mesmo período.

Já a expectativa de vida dos brasileiros subiu de 64,7 anos em 1991 para 73,9 anos em 2010.

O presidente do Ipea, Marcelo Neri, atribuiu parte dessas melhorias às políticas de distribuição de renda entre os mais pobres, o que permitiu que cerca de 40 milhões de brasileiros saíssem da pobreza na última década.

As regiões brasileiras com melhor índice de desenvolvimento humano são São Caetano do Sul (SP) (0,862), Águas de São Pedro (SP) (0,854) e Florianópolis (0,847), e as piores são Melgaço (PA) (0,418), Fernando Falcão (MA) (0,443) e Atalaia do Norte (AM) (0,450).

EFE   
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