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Neto de coreógrafa barrado em voo faz 4 anos e mãe desabafa: ‘vamos refletir’

21 ago 2013 - 09h10
(atualizado às 10h12)
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<p>Theo, que completa 4 anos nesta quarta, ao lado da mãe</p>
Theo, que completa 4 anos nesta quarta, ao lado da mãe
Foto: Reprodução

Personagem de uma polêmica envolvendo a empresa aérea Gol na última segunda-feira, o neto da coreógrafa Deborah Colker comemora, nesta quarta, seu aniversário de 4 anos. A mãe do pequeno Theo, Clara Colker, fez uma homenagem ao filho em sua página no Facebook, dois dias após a criança ter sido impedido de seguir em um voo pela tripulação da empresa aérea por possuir uma doença na pele.

“Hoje é aniversário do Theo! Quatro anos de puro amor e vida intensa deste meu filho lindo e guerreiro. Muito obrigada a todos. Li cada mensagem recebida, meu coração se encheu de carinho. Me sinto acolhida e forte para repassar pra ele toda compreensão e afeto recebido. Vamos refletir sobre isso”, disse Clara na rede social.

A mãe de Theo aproveitou a data para desabafar e fazer um apelo para que as pessoas com deficiência sejam tratadas com dignidade. Segundo a versão da avó do garoto, durante o voo ela foi questionada pelos tripulantes sobre a doença do menino, a filha de Deborah contou que ele sofre de uma doença congênita, chamada epidermólise bolhosa, e que a condição não é contagiosa. O comandante não acreditou e, segundo o relato na rede social, criou um momento constrangedor ao chamar um médico para averiguar.

“As pessoas que tem deficiências, problemas com sua saúde, já sofrem muito. A vida já é uma barra por si só. Devemos ser espertos e perceber que só temos o que aprender com elas. São capazes de uma vitalidade incrível e tem uma história de vida admirável, TEM MT (SIC) O QUE ENSINAR”, completou Clara.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) entrou nesta terça-feira com um ofício para exigir informações da companhia aérea Gol Linhas Aéreas. Segundo a agência, “caso seja constatada alguma conduta inadequada praticada pela empresa em questão, a Anac aplicará as medidas cabíveis que poderão gerar multas de R$ 4 mil a R$ 10 mil”.

Em nota, a Anac afirmou que, segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), o comandante da aeronave é autoridade em voo “e lhe é concedida a prerrogativa de desembarcar qualquer pessoa - desde que comprometa a boa ordem e a disciplina - que ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo”.

“Tendo em vista o dever de comprometimento do comandante da aeronave com a boa ordem, com a disciplina e sem que haja excesso de poder, previsto no CBAer, o caso será avaliado pela Anac.”

Por meio de sua assessoria, a Gol informou que foram cumpridas "rigorosamente as recomendações do Manual Médico da IATA (sigla em inglês da Associação Internacional de Transportes Aéreos) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)" e lamentou "os transtornos causados à família com relação à forma como foi conduzido o cumprimento de tais recomendações". 

Fonte: Terra
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