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Lula empossa novo ministro de Relações Institucionais

28 set 2009 - 15h52
(atualizado às 19h34)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse nesta segunda-feira ao novo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que substitui José Múcio Monteiro na função de coordenador político do governo. Múcio deixa o Executivo para integrar os quadros do Tribunal de Contas da União (TCU).

Alexandre Padilha será o sétimo ministro a ser responsável pelas articulações políticas com o Congresso
Alexandre Padilha será o sétimo ministro a ser responsável pelas articulações políticas com o Congresso
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República / Divulgação

Novo articulador político do governo, Alexandre Padilha será o sétimo ministro a ser responsável pelas articulações políticas com o Congresso Nacional. Subchefe adjunto de Assuntos Federativos, Padilha integrou a sala de discussões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do projeto Territórios da Cidadania.

Médico com pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias, o novo ministro foi responsável pela diretoria nacional de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e pela coordenação do projeto de controle de malária no Ministério da Saúde no final do governo Fernando Henrique Cardoso.

Antecessores

O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ocupou a pasta, na época intitulada de Coordenação Política, entre janeiro de 2004 e julho de 2005, após José Dirceu, o primeiro ministro a coordenar as relações do Executivo com o Congresso, começar a perder espaço. Em 2005 Dirceu deixou a chefia da Casa Civil e foi cassado por envolvimento com o esquema do mensalão.

O atual governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o hoje ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), também integraram a função de articuladores políticos, deixando o posto, respectivamente, para disputar o cargo de gestor baiano e para suceder Márcio Thomaz Bastos na pasta da Justiça.

Antecessor de Múcio, o empresário Walfrido dos Mares Guia, por sua vez, deixou a Secretaria de Relações Institucionais em novembro de 2007, um dia depois de o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, tê-lo denunciado por participação do esquema do mensalão mineiro.

Ao se despedir do cargo, José Múcio agradeceu a bancada de Pernambuco, Estado pelo qual se elegeu para 20 anos de vida parlamentar, e o Senado Federal, que o sabatinou para a vaga no TCU.

"Meu reconhecimento pela carinhosa manifestação de apoio pela minha indicação do TCU", disse, lembrando das negociações que fazia em torno de pleitos de deputados e senadores durante o tempo que coordenou a Secretaria de Relações Institucionais. "Sou um desatador de nós, um colecionador de pontes e de laços."

"A partir de hoje trabalharei dia e noite para retribuir a confiança depositada", garantiu o novo ministro. "(O governo Lula) É um legado para a relação federativa que iniciou desde 2003, com prefeito e prefeitas, governadores e governadoras, independentemente dos partidos políticos, da filiação partidária. É uma relação republicana", disse, lembrando que passou a integrar o Executivo federal "em um momento muito difícil". Era o auge do escândalo do mensalão e Padilha ocupou o cargo de chefe de gabinete da Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência da República.

O novo ministro lembrou o risco de governabilidade quando Lula foi eleito em 2002 e as articulações e a formação da base aliada para evitar que se derrubasse "a legitimidade e o próprio Brasil".

Padilha se comprometeu a fortalecer os canais diários entre Executivo e Congresso e garantir que cada parlamentar "participe cada vez mais das decisões do governo e se sinta contemplado e receba os créditos das boas ações do governo".

Fonte: Terra
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