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Lula diz que quer discutir com Bachelet ajuda ao Chile

1 mar 2010 - 09h37
(atualizado às 09h40)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que quer discutir com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, ações de ajuda a serem enviadas ao país após o terremoto do último sábado, que deixou pelo menos 711 mortos. Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula disse ainda não ter feito contato direto com a líder chilena por conta de problemas de comunicação provocados pelos tremores.

Exclusivo: equipe do Terra Chile registra terremoto:

"Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para sermos solidários ao Chile, como estamos sendo solidários ao Haiti", afirmou. Lula disse que o país vizinho é mais bem estruturado em relação a terremotos - com equipes de Defesa Civil melhor preparadas e construções mais resistentes aos tremores. "Mas, naquilo que for necessário, nós vamos ser solidários", afirmou.

De acordo com o governo chileno, mais de 700 pessoas morreram em decorrência o terremoto, que chegou a atingir 8,8 graus na escala Richter.

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 700, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago

Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti

O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Agência Brasil Agência Brasil
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