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Política

Líder do governo acredita que votos irão garantir vetos

José Guimarães negou que o cancelamento da sessão desta terça-feira tenha sido uma derrota do governo

6 out 2015 - 19h37
(atualizado às 19h39)
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"Não foi derrota porque muitos deputados não estavam na Casa", disse Guimarães sobre adiamento da sessão
"Não foi derrota porque muitos deputados não estavam na Casa", disse Guimarães sobre adiamento da sessão
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou que o governo tem votos suficientes para manter os vetos presidenciais na sessão do Congresso Nacional marcada para a próxima quarta-feira (7), às 11h30.

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Ele negou que o cancelamento da sessão desta terça-feira (6) tenha sido uma derrota do governo. Guimarães disse que muitos parlamentares chegaram “atrasados” à sessão em decorrência de problemas com horários de voo para a capital federal. “Amanhã o governo vai 'botar' o quórum para encerrar essa contenda. Não foi derrota porque muitos deputados não estavam na Casa, muita gente chegou a partir das 15h”, acrescentou Guimarães. “Temos voto para manter os vetos, isso é o que é mais importante”, acrescentou.

A sessão conjunta para análise dos vetos da presidenta Dilma Rousseff a propostas que aumentam despesas do governo, que estava marcada para as 11h30 dessa terça-feira (6), foi suspensa por 30 minutos e encerrada depois de o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), reconhecer que, entre os deputados, o quórum era insuficiente.

Apontado como uma dos articuladores do cancelamento da sessão do Congresso Nacional na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez a mesma avaliação. Segundo Cunha, para que a sessão desta terça-feira tivesse quórum, a pauta de votações deveria ter começado segunda-feira (5). “Não tem histórico nesta Casa [de votação na terça-feira de manhã], para votar terça, às 11h30, tem que marcar sessão para segunda-feira”, disse o deputado. “Da minha parte, eu cooperei, não marquei nenhuma sessão. Pelo contrário, quando vi que não ia dar quórum, liguei para o presidente [do Congresso Nacional] Renan [Calheiros] e perguntei quando ele queria fazer e ele me disse 'amanhã de manhã". E da minha parte não houve nenhum obstáculo”, acrescentou.

A oposição viu no episódio uma demonstração de fraqueza do governo. O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), disse que, mesmo com a reforma ministerial e reorganização da base aliada, a crise permanece. “A bancada tinha responsabilidade de manter o quórum e, mesmo com a reforma ministerial, não conseguiu assegurar número mínimo de votos."

Entre os seis vetos pautados para a sessão de amanhã, os mais polêmicos são o que concede reajuste médio de 56% aos servidores do Judiciário e o que estende a política de reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas.

De acordo com o Ministério do Planejamento, caso o veto ao reajuste dos servidores do Judiciários seja derrubado, a proposta gerará despesa de R$ 5,3 bilhões em 2016. Em quatro anos, até 2019, o custo total será, segundo o governo, de R$ 36,2 bilhões. Já o veto que estende a política de reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas geraria, segundo o Executivo impacto de R$ 11,1 bilhões até 2019.

Dilma pede que novos ministros façam mais com menos recursos:
Agência Brasil Agência Brasil
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