PUBLICIDADE

Levy ganha "medalha" em protesto contra juros em SP

Assim como a presidente Dilma, ministro recebeu críticas em manifestação de centrais sindicais na Av. Paulista

28 jul 2015 - 13h14
(atualizado às 14h00)
Compartilhar
Exibir comentários
Grupo protestra contra um possível aumento de juros, que, segundo eles, penalizaria ainda mais a produção e reduziria os empregos.
Grupo protestra contra um possível aumento de juros, que, segundo eles, penalizaria ainda mais a produção e reduziria os empregos.
Foto: Elisa Feres / Terra

Centrais sindicais, coletivos estudantis e movimentos sociais se uniram para realizar uma manifestação na Avenida Paulista, região central de São Paulo, na manhã desta terça-feira (28). Aglomerados em frente ao prédio do Banco Central, onde o Comitê de Política Monetária (COPOM) se reunia para definir a nova taxa básica de juros (Selic), eles protestaram contra um possível aumento, que, segundo o grupo, penalizaria ainda mais a produção e reduziria os empregos. Durante o ato, simularam ainda uma “entrega de medalhas” em que o “campeão” vestia uma máscara do ministro da Fazenda Joaquim Levy.

A manifestação começou por volta das 10h e contou com a presença da Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES). Em atos anteriores, como no de 1º de maio, algumas delas, como Força e CTB, estiveram em lados opostos em relação ao polêmico PL 4330 (da terceirização); enquanto a primeira dizia que a medida ajudaria a dar garantias aos trabalhadores já terceirizados, a segunda alegava, ao lado da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que eles perderiam direitos e salários. 

Siga o Terra Notícias no Twitter

Em cima de um pódio montado na calçada da avenida subiram três homens que vestiam terno e carregavam notas falsas de dinheiro.
Em cima de um pódio montado na calçada da avenida subiram três homens que vestiam terno e carregavam notas falsas de dinheiro.
Foto: Elisa Feres / Terra

O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, afirmou que a expectativa de público era de 1,5 mil participantes, número que não chegou a ser alcançado. Após uma série de discursos, o presidente da entidade, Miguel Torres, encerrou o evento destacando as perdas que os trabalhadores têm tido neste segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

“As centrais sindicais estão unidas novamente para tentar sensibilizar o governo sobre a importância de retomar o crescimento do País. Mas está difícil. O governo não escuta os trabalhadores. O País está em uma crise sem perspectiva de saída. Já sabemos que juros altos para combater inflação não tem efeito. Não dá resultado. Hoje temos a maior taxa de juros do mundo e provavelmente logo teremos a maior taxa de inflação também”, disse. “No primeiro semestre, o lucro dos principais bancos do Brasil foi de R$ 15 bilhões. Isso mostra que a política econômica é para o mercado especulativo, não para os trabalhadores”, completou.

Durante o ato, o grupo simulou uma “entrega de medalhas” em que o “campeão” vestia uma máscara do ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Durante o ato, o grupo simulou uma “entrega de medalhas” em que o “campeão” vestia uma máscara do ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Foto: Elisa Feres / Terra

Em seguida começou a “premiação”. Em cima de um pódio montado na calçada da avenida subiram três homens que vestiam terno e carregavam notas falsas de dinheiro. O primeiro, representando os juros altos, tinha uma máscara de Levy. Atrás dele estavam o desemprego, com a medalha de prata, e a recessão, com o bronze.

As mesmas centrais prometem realizar outro ato semelhante nesta quarta-feira (29), em frente ao prédio do Banco Central de Brasília.

Com juros e inflação em alta, SPC discute painel econômico :
Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade