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Kirchner sofre novo revés na Justiça na briga pela demissão do titular do BC

11 jan 2010 - 16h28
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O governo argentino sofreu natarde de hoje (11) um novo revés na Justiça. A juíza María JoséSarmiento decidiu transformar em causa ordinária, portanto, semurgência, o processo sobre a exoneração do presidente do BancoCentral (BC), Martín Redrado, e o uso de recursos da reservanacional para pagamento da dívida externa.

Com a decisão, a juíza terá mais tempo para decidir sobre oassunto. Hoje de manhã, ela recebeu os documentos do governoenviados pela Câmara do Contencioso Administrativo Federal.Anteriormente, a juíza havia recebido material encaminhado pelosadvogados de Redrado.

Na semana passada, a Justiça haviadeterminado a permanência de Redrado no comando do Banco Central,mesmo depois da ordem da presidente argentina, Cristina Kirchner, que o exonerou por decreto. Hoje apresidente criticou duramente a Justiça. "Há uma formidávelmanobra, não só política, mas também midiática e com ajuda dealguns setores judiciais", reclamou ela, referindo-se a umapossível campanha de desestabilização.

Também hoje o juizfederal Norberto Oyarbide interrompeu o recesso de janeiro paraapreciar ação movida pelo governo contra Redrado. Em recursoencaminhado à Justiça, o procurador do Tesouro, OsvaldoGuglielmino, acusa Redrado de "descumprimento dos deveres defuncionário público".

Desde a semana passada, há umacrise política instaurada na Argentina. Kirchner insiste em demitirRedrado por ele se negar a usar recursos da reserva para o pagamentoda dívida. Na última quinta-feira (7), a presidente demitiu, pordecreto, o titular do Banco Central, que se recusa a deixar o cargo.A ação foi condenada pela oposição o governo está em minoriano Congresso.

Kirchner defende o uso de cerca de US$ 6,6bilhões das reservas do país para pagar vencimentos da dívidaexterna em 2010 e Redrado é contra. Inicialmente, a presidente pediua renúncia de Redrado, que se negou a sair. Depois, ela anunciou quehavia escolhido Miguel Pesce, atual vice-presidente do BC comointerino. Porém, o objetivo do governo seria nomear MarioBlejer.

Pelas leis argentinas, o Banco Central é autônomo eo presidente da instituição deve ser designado e destituído pormeio de decisão do Parlamento. O mandato de Redrado termina emsetembro.

ento. O mandato deRedrado termina em setembro.

Agência Brasil Agência Brasil
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