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Justiça denuncia seis pessoas por corrupção em Campinas

31 mar 2012 - 00h01
(atualizado às 00h11)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

O juiz da 3ª Vara Criminal de Campinas, Nelson Bernardes, acatou nesta sexta-feira denúncia de corrupção e indiciou seis pessoas na cidade: o ex-prefeito Demétrio Vilagra (PT), cassado pela Câmara Municipal por suspeita de corrupção; a ex-primeira-dama Rosely Nassin Jorge Santos, esposa do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), também cassado pela Câmara por corrupção, e mais quatro pessoas do primeiro escalão da prefeitura. Com a decisão eles passam de suspeitos para réus no processo da Justiça sobre desvio de dinheiro público e corrupção na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa).

Os outros indiciados são: o ex-coordenador de Comunicação da Prefeitura, Francisco de Lagos; o ex-secretário municipal de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto; o ex-diretor de Planejamento, Ricardo Chimirri Cândia; e o ex-presidente da Sanasa, Luiz Augusto Castrillon de Aquino. A expectativa é que eles sejam notificados a partir desta segunda-feira e que o processo vá a julgamento ainda neste ano.

As acusações contra eles são de formação de quadrilha (Lagos, Pinto, Aquino, Cândia, Vilagra e Rosely), corrupção ativa em nove ocorrências (Vilagra); corrupção passiva em 12 ocorrências (Cândia) e 13 ocorrências de corrupção passiva e oito fraudes na lei das licitações (Rosely).

Segundo a denúncia do MP, os suspeitos aceitaram receber entre 5% a 15% do valor do contrato de empresas de fornecimento de serviço por intermédio de contratos fraudulentos na Sanasa. No total, o pedido do Ministério Público (MP) continha 22 nomes, porém o juiz Bernardes determinou o desmembramento do processo. Quanto aos outros envolvidos, o juiz ainda não divulgou uma decisão.

O chamado "escândalo da Sanasa" foi apresentado pelo MP em setembro de 2010, mas somente em maio do ano passado que a Justiça expediu mandados de prisão temporária contra os suspeitos de corrupção. As denúncias foram reafirmadas pelo ex-presidente da autarquia. Aquino fez um acordo de delação premiada e não chegou a ser preso. A partir dessas denúncias formalizadas pelo MP, a Câmara Municipal votou pelo impeachment do prefeito Santos e depois o seu sucessor Vilagra, em agosto e dezembro do ano passado respectivamente.

Fonte: Especial para Terra
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