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Justiça decide se vai manter pai congelado a pedido de filha

31 jul 2014 - 10h32
(atualizado em 5/8/2014 às 10h28)
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Uma audiência que estava marcada para esta quarta-feira, na qual poderia se definir o destino do corpo de um engenheiro da Força Aérea Brasileira (FAB), foi adiada por prazo indeterminado segundo informou o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O caso envolve uma disputa entre as três filhas de Luiz Felipe Dias de Andrade Monteiro, que teve o corpo congelado após a sua morte em fevereiro de 2012 pela filha mais nova, Lígia Mello Monteiro.

Segundo consta na ação, Luiz Felipe teria dito antes de morrer à filha caçula que gostaria de ser congelado para que pudesse voltar à vida no futuro, com possíveis avanços tecnológicos. Como essa vontade não foi expressa em testamento, familiares brigam na Justiça para que o corpo do homem seja sepultado.

Na audiência marcada para ontem, os desembargadores do TJ iriam julgar os embargos infringentes impetrados pela defesa das duas filhas do engenheiro, que querem o enterro: Denise e Carmem Monteiro. Elas querem a anulação da decisão judicial que, em junho de 2012, autorizou o envio do corpo para uma empresa de criogenia localizada nos Estados Unidos.

O processo foi iniciado pela própria Denise, que requereu o direito de congelar o pai após a morte. Por meio de liminar, ela conseguiu a autorização de enviar o corpo para o Instituto de Criogenia Cryonics. Antes da decisão, o corpo do engenheiro foi mantido resfriado em uma funerária de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Na época, Lígia informou que gastava quase R$ 900 por dia para manter o corpo resfriado em 20 kg de gelo-seco, que era substituído diariamente em um caixão de zinco.

O TJ informou que a audiência de ontem foi adiada por falta de quórum. O caso deve retornar a ser debatido nas próximas semanas, na 7ª Câmara Cível do TJ-RJ.

Fonte: Terra
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