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Itamaraty diz que não vai pagar retorno de brasileira da Turquia

Maisa Ildefonso Lima, uma das feridas em queda de balão na Capadócia, não tem dinheiro para retornar ao País

9 jun 2013 - 13h03
(atualizado às 13h24)
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Internada desde o dia 20 de maio na Turquia, vítima de um acidente entre dois balões de ar na região da Capadócia, a advogada Maisa Ildelfonso Lima precisa de US$ 100 mil para pagar um avião-UTI e retornar ao Brasil, mas não tem o dinheiro e não contará com o auxílio do Ministério das Relações Exteriores. De acordo com a assessoria do Itamaraty, não existe a previsão legal para o pagamento desse tipo de traslado. Ela contratou um seguro da empresa Córis, com cobertura de R$ 85 mil em despesas hospitalares ou repatriação sanitária. Quando o valor é ultrapassado, o paciente deve pagar o restante.

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"Não tem muito o que fazer. Há um limite estabelecido para a assistência consular, que está dando apoio constante desde que ocorreu o acidente. Não há previsão legal para pagar pelo retorno dela, e um transporte de US$ 100 mil é muito caro e pode comprometer o orçamento do ano todo da embaixada", afirmou o ministéiro. 

A advogada teve perfuração no pulmão, quebrou ossos do corpo e passou por cinco cirurgias. Depois de deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ela foi para um quarto e já teve seu retorno liberado pelos médicos para recuperação no Brasil, o que só pode ocorrer no avião-UTI devido à complexidade dos ferimentos. 

"O Itamaraty deslocou uma equipe da embaixada em Ancara para a região da Capadócia e esperou até obter a garantia de que todos os feridos estariam internados e tratados. Depois, fizemos o de praxe, que é retornar ao local de trabalho e acompanhar o tratamento por telefone. Também temos outros brasileiros para atender, mesmo sabendo da gravidade dos feridos no balão", ressaltou a assessoria do ministério.

Os feridos estão em hospitais nas cidades de Nevsehir e Kayseri, distantes 100 quilômetros uma da outra, e as principais na região da Capadócia - que fica a cerca de 300 quilômetros de Ancara. Equipes da embaixada apoiam com tradução, auxílio jurídico e questões referentes à assistência médica.

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Dos sete brasileiros envolvidos, três morreram. Estes, reforça a embaixada, receberam assistência para o transporte dos corpos da Turquia para o Brasil, cuja chegada se deu em 1° de junho, segundo o ministério. "A Embaixada segue apoiando os familiares na recuperação de seus pertences e na obtenção de documentos relativos ao caso", salienta o Itamaraty. O Terra entrou em contato com a seguradora Córis, que informou não revelar informações de clientes.

Fonte: Terra
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