Itamaraty diz ignorar pressão sobre ferida em acidente de balão na Turquia
O Ministério das Relações Exteriores afirmou, em nota de esclarecimento divulgada neste sábado, que "desconhece que o hospital onde se encontra internada a Sra. Maísa Ildefonso Lima a esteja pressionando para deixar o local e regressar ao Brasil". A brasileira é uma das que está internada na Capadócia, feriada no acidente entre dois balões de ar na região turca, em 20 de maio.
Segundo o comunicado, nem familiares da brasileira nem os veículos de imprensa que noticiaram a suposta pressão por parte do hospital entraram em contato com a embaixada na Capadócia, motivo pelo qual o órgão do ministério "não poderia ter atuado" para resolver a situação. "Alertada a respeito, a Embaixada está buscando averiguar as reais circunstâncias junto aos familiares da Sra. Maísa Ildefonso Lima, bem como junto à administração do hospital onde se encontra internada", diz o texto.
A nota de esclarecimento enumera todas as ações tomadas para apoiar os cidadãos do País que se envolveram no acidente com os balões turísticos. A própria Maísa, segundo o comunicado, teria sido foco de uma das ações. "O hospital onde se encontra internada não autorizava, a princípio, o ingresso de seus familiares na UTI para visitá-la. Avisada a respeito, a equipe da Embaixada na Capadócia deslocou-se imediatamente à cidade de Kayseri, onde a paciente se encontrava, com a finalidade de intervir e obter, como conseguiu, autorização para que a família pudesse visitar a Sra. Maísa Ildefonso Lima", exemplifica o texto.
Os brasileiros feridos estão em hospitais nas cidades de Nevsehir e Kayseri, distantes 100 quilômetros uma da outra, e as principais na região da Capadócia - a cerca de 300 quilômetros de Ancara. Equipes da embaixada estariam nos locais apoiando com tradução, auxílio jurídico e questões referentes à assistência médica - as companhias responsáveis pelos passeios de balão se comprometeram a arcar com os custos decorrentes do acidente.
Dos sete brasileiros envolvidos, três faleceram. Estes, reforça a embaixada, receberam assistência para o transporte dos corpos da Turquia para o Brasil, cuja chegada se deu em 1° de junho, segundo o ministério. "A Embaixada segue apoiando os familiares na recuperação de seus pertences e na obtenção de documentos relativos ao caso", pontua o texto divulgado hoje.