Foi nomeado nesta quarta-feira o novo diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sergei Suarez Dillon Soares. Ele vai substituir Rafael Guerreiro Osorio, que pediu exoneração do cargo depois que foi detectado erro na pesquisa 'Tolerância Social à Violência contra as Mulheres'.
O resultado da pesquisa causou reação da sociedade e a campanha 'Eu não mereço ser estuprada' foi reproduzida por milhares de pessoas nas redes sociais. A nomeação de Sergei e a exoneração de Rafael Osorio foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Mestre e doutor em economia, Sergei Soares atualmente é chefe de gabinete do instituto, presidido pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri. Sergei é técnico de planejamento e pesquisa do Ipea desde 1998, atuando nas áreas de desigualdade, pobreza, educação, discriminação racial e mercado de trabalho. No instituto, é responsável pela coautoria e organização do livro Os Mecanismos de Discriminação Racial nas Escolas Brasileiras.
Rafael Osorio deixou a diretoria há três semanas, quando o Ipea divulgou que os gráficos de duas perguntas da pesquisa sobre violência contra a mulher foram trocados. No final de março, havia sido informado que 65,1% dos entrevistados concordam que mulheres que usam roupas curtas merecem ser atacadas. O percentual correto é 26%.
Indignada, a internauta Amanda Oliveira dispara: "É porque não é a mãe/irmã/namorada de vocês! Parem de culpar a vítima! Culpado é o estuprador! NINGUÉM PEDE para ser estuprada! A culpa NUNCA é da vítima!"
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"Ninguém vai me calar", protesta Ana Carolina Souza
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A mineira Ana Flávia de Souza também tirou a roupa para protestar
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"É uma luta diária, mas cansei de ter q me preservar por conta de uma sociedade machista que não sabe se segurar (vide carro das mulheres). Mulher não tem que se preservar. Não nesse sentido. Pra mim CHEGA" (Ana Karenina Riehl)
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A jornalista Nana Queiroz, organizadora da página de protesto no Facebook, disse que sofreu ameaças,
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Nuinha, e mesmo assim, não mereço ser estuprada", diz Camila Farias
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Carolina Albim: "É fruto da nossa sociedade doente e destorcida que há séculos cria homens de forma que estes acreditem possuir algum direito sobre o meu corpo e minhas escolhas"
Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Fernando Ramos Silva utilizou bonecas para apoiar a campanha
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Guarde seus adjetivos machistas e o seus documentos nas calças, porque meu corpo não é seu, independente do que eu vista ou deixe de vestir. Minha pele não é convite para o estupro" (Gleicy Herllane)
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Jade Mendonça citou a pesquisa, ressaltando que muitas mulheres concordam com a afirmação de que a roupa pode provocar o estupro
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O grupo Anonymous Rio compartilhou a foto da internauta Janaína Candido e apoiou a campanha
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Júlia Ruiz: Porque não é roupa, não é atitude, não é a hora, não é lugar e não é a mulher, a culpa é só de quem estupra
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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"Rebele-se contra a cultura do estupro", diz Láh de Freitas
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"Ninguém merece, nem que saia pelada na rua", Iane Maria
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"Improviso no papel aquilo que não deveria ser preciso escrever", Lígia Otero
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Mariana Fantinel tirou a camisa para protestar contra casos de estupro
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"Vejo essa mobilização feminina e masculina, como uma grande iniciativa de mudanças" (Mariana Galvani)
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"Em protesto ao resultado da pesquisa do IPEA, que mostrou que quase 70% dos homens brasileiros acham que "se a mulher soubesse se comportar" não seriam estupradas, ou que "se não usassem roupas curtas" não seriam estupradas" - Marycila Oliveira
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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O corpo é MEU, portanto as regras são MINHAS e independente da roupa que eu estiver usando não lhe dá o direito de me assediar, pois TODOS NÓS merecemos respeito! Se informem e coloquem a consciência para funcionar, deixem a sua ignorância de lado e vamos ser racionais diante dessa situação horrível. Não à cultura machista!, diz a internauta Nay Geystenber
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Com roupa decotada, Paula Fernandes questionou o resultado da pesquisa que culpa as mulheres
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Paula Vinhas convida as mulheres para a campanha. "Você não concorda com isso? Nem eu! Então bora mostrar o corpo pra mostrar o quão revoltadas estamos? A ideia é que a gente tire a roupa e se fotografe, da cintura para cima, com um cartaz tampando os seios com os dizeres 'Eu também não mereço ser estuprada' e postemos, todas juntas, ao mesmo tempo, online. Quem tá dentro?"
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Silvia Dias Pereira também participou da campanha
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"Tá aqui minha resposta para os 62% das pessoas que não entendem que sou livre para fazer o que quiser e que nada, absolutamente nada, justifica um ato de estupro" (Stella Montiel)
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"Pior é ver gente fazendo piada sobre isso e achando algo super normal de acontecer" (Thais Marinho)
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"O tamanho do meu decote, não define o tamanho do meu caráter. O tamanho do meu short, não define o tamanho da minha dignidade. O tamanho da minha saia, não define o tamanho da minha integridade. Ônibus lotado não é motivo para encochar, metrô lotado não é motivo para apalpar, roupas apertadas não são desculpas para estuprar", diz Thaís Montanari
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Internautas fazem campanha virtual contra o estupro
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Com uma foto nua, funkeira Valesca Popozuda protestou em seu perfil no Facebook contra o estupro