Inundações causadas por cheia do Rio Acre deixam dois mortos em Rio Branco
As inundações que afetam a região amazônica já deixaram dois mortos na cidade de Rio Branco, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
Os mortos são uma mulher de 64 anos e um homem de 48 que morreram eletrocutados em suas casas quando tentavam salvar seus móveis da inundação, que deixou sob as águas grande parte da capital do estado do Acre, segundo informou a Defesa Civil.
O histórico aumento de volume do rio Acre e de seus afluentes causou inundações nos estados do Amazonas e do Acre e afetou principalmente Rio Branco, a cidade mais povoada dessa região e onde as autoridades decretaram situação de "calamidade pública".
O rio chegou a uma altura de 18,40 metros na noite de quarta-feira e hoje começou a baixar ligeiramente, pela primeira vez em várias semanas, até uma altura de 18,31 metros em sua passagem por Rio Branco.
A maior cheia do rio Acre até o momento, registrada em 1997, era de 17,66 metros nesta cidade de cerca de 308 mil habitantes.
Devido ao aumento do volume do rio, pelo menos 9.251 pessoas foram evacuadas de seus lares e hospedadas em 26 refúgios instalados em pavilhões esportivos, centros educativos e no parque de exposições, segundo informou o governo regional.
O último boletim indica que o número de desabrigados em Rio Branco chega a 86.937 pessoas e 53 bairros, cerca de metade da cidade, estavam inundados.
No atendimento às vítimas, trabalham 773 militares e está previsto que outros 300 sejam incorporados. Eles saíram hoje em um comboio desde Porto Velho, a 510 quilômetros de distância de Rio Branco.
Na terça-feira, o governo aprovou o envio de um fundo de R$ 2,5 milhões para ajudar na tarefa de socorro às vítimas.
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