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Imigrantes haitianos recebem vacinas e carteiras de trabalho no Acre

16 abr 2013 - 19h12
(atualizado às 19h12)
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Em três dias de trabalho, a missão humanitária do governo federal enviada ao Acre já regularizou, até segunda-feira, a permanência no País de 909 imigrantes. Dos imigrantes atendidos, 852 receberam carteiras de trabalho para 852 e 1.123 tiveram seus CPFs emitidos. Com isso, 89 haitianos conseguiram encontrar trabalho no País. O atendimento à saúde foi assegurado com a vacinação de 560 pessoas, a realização de exames em 137 imigrantes e o envio de medicamentos e de profissionais da Força Nacional de Saúde, segundo o Ministério da Justiça.

As 852 pessoas que receberam carteiras de trabalho representam mais de 70% do total de haitianos abrigados no município de Brasileia (AC). O Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, emitiu 909 protocolos iniciais de regularização dos imigrantes e a previsão é de que nesta terça-feira outros 170 haitianos e 89 imigrantes de outras nacionalidades recebam os seus protocolos. A Receita Federal entregou 623 CPFs e mais de 500 CPFs foram pré-cadastrados junto ao Banco do Brasil ou Correios.

Os 89 haitianos que já conseguiram encontrar um trabalho foram contratados para trabalhar em duas empresas do Sul do País: 47 imigrantes já embarcaram para o Paraná e 42 viajaram para Santa Catarina na madrugada de segunda para terça-feira. Outra empresa está oferecendo mais sete vagas para o grupo.

O Ministério do Trabalho e Emprego e a Secretaria-Geral da Presidência da República têm feito contatos com empresários para oferta de trabalho aos imigrantes. Já foram avaliados os perfis profissionais de 1.063 haitianos. Dentre os 758 haitianos que receberam carteiras de trabalho, há 16 com curso superior, sendo seis profissionais de Enfermagem, cinco de Jornalismo, um de Química, dois de Bioquímica, um de Medicina e um de Hotelaria.

A maioria (46%) dos haitianos tem prática em atividades da construção civil - pedreiro, bombeiro encanador, mestre de obras, pintor e marceneiro. Há também agricultores (7%), mecânicos (6%) e técnicos de informática (3%).

Saúde

Não foram constatados surtos ou epidemias entre os imigrantes. Duas pessoas têm pneumonia e estão sendo tratadas. A vacinação e a realização de exames são voluntárias, mas a procura tem sido grande porque os imigrantes querem antecipar os procedimentos de saúde recomendados no Brasil, para incorporar-se rapidamente à vida no País. Foram aplicadas 1.699 doses de vacina contra febre amarela, hepatite B, tétano e difteria e também foram feitos exames para diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis em haitianos, majoritariamente, e em imigrantes de outros países que chegaram ao Brasil por Brasiléia (AC).

Nesta terça-feira, mais quatro profissionais de saúde desembarcaram na cidade acreana para reforçar a equipe. O Ministério da Saúde também disponibilizou dois kits, com 30 tipos de medicamentos e 18 itens de insumos, suficientes para atender 1,5 mil pessoas por 60 dias. Os kits chegarão a Brasileia nesta quarta-feira.

Fonte: Terra
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