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Igreja denuncia morte de indígena no Mato Grosso do Sul

30 ago 2015 - 14h44
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Um índio guarani kaiowá foi assassinado supostamente por fazendeiros em um conflito por terras ocorrido ontem no município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul, informou neste domingo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

De acordo com o Cimi, Simião Vilhalva, irmão de um líder guarani, foi morto a tiros por um grupo armado que tentava recuperar a terra indígena Nhanderu Marangatu, reconhecida e homologada pelo governo federal em 2005 e que tinha sido tomada pelos índios há uma semana.

Duas horas antes do ataque, houve uma tentativa de mediação entre os índios e os fazendeiros com a participação de funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Ministério da Justiça e da polícia.

"Bem mais próximos dos fazendeiros, o que não é de se estranhar, estiveram destacamentos do DOF (Departamento de Operação de Fronteira). Apesar de não ter participado propriamente da ação, não impediu o armamento, nem o deslocamento dos fazendeiros armados, com intenções bem determinadas. O DOF deveria ter dado ordem de prisão à milícia rural. No entanto, em sua conivência e prevaricação, simplesmente assistiu ao ataque das forças paramilitares dos ruralistas sul mato-grossenses", afirmou o Cimi em comunicado.

De acordo com o organismo, a morte de Simião Vilhalva "tem relação com a decisão do governo de Dilma Rousseff de paralisar" os procedimentos de proteção de novas terras indígenas e a lentidão do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso das terras Nhanderu Marangatu.

EFE   
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