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vc repórter: hospital cobra 2.400% a mais por material em SP

Filho de paciente atendida em São Carlos afirma que pagou R$ 109 por dois materiais que custariam R$ 4,60 em lojas

18 jun 2015 - 16h48
(atualizado às 19h11)
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O filho de uma paciente atendida na Casa de Saúde Hospital e Maternidade São Carlos, no interior de São Paulo, acusou o local de cobrar preços abusivos por equipamentos utilizados no pronto-socorro da unidade. O leitor Gustavo José Moretti afirmou que pagou R$ 109 por dois materiais que custariam R$ 4,60 em lojas, no total.

Leitor comprou os equipamentos em uma loja por R$ 4,60
Leitor comprou os equipamentos em uma loja por R$ 4,60
Foto: Gustavo José Moretti / vc repórter

Gustavo levou a mãe ao hospital na última quinta-feira (11). Após o atendimento, ele recebeu um relatório detalhado de todas as despesas médicas e se surpreendeu ao encontrar na lista os itens “equipo macrogotas slip” e “Abocath” por R$ 50 e R$ 59, respectivamente. “O equipo nada mais é do que uma mangueira de borracha que conecta o frasco de soro até o abocath, o cateter utilizado para puncionar a veia. Como é possível cobrar R$ 109 por estes dois itens, que são descartáveis e utilizados no dia-a-dia do hospital?”, questionou.

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Sem receber “nenhuma resposta satisfatória” da unidade, Gustavo disse ter feito uma pesquisa na internet, onde constatou que os materiais custavam R$ 1,60 e R$ 3. Inconformado, o leitor foi a uma loja especializada e comprou os dois itens por R$ 4,60.

“É uma diferença de, aproximadamente, 2.400%. A Casa de Saúde de São Carlos cobrou 2.400% acima do preço de mercado! A diferença de preço é absurda, é um abuso feito por este hospital. Aproveitam-se de uma situação de fragilidade dos pacientes e seus parentes para cobrarem o preço que quiserem”, criticou Gustavo, que prometeu acionar judicialmente a unidade, para solicitar a devolução dos valores pagos.

Procurada pelo Terra, a Casa de Saúde Hospital e Maternidade São Carlos confirmou que os valores relatados por Gustavo estão corretos. A unidade explicou que utiliza a tabela Simpro, de referência nacional, para definir o valor de materiais durante o processo de cobrança dos serviços prestados em âmbito hospitalar e reforçou que o uso dela é informado aos pacientes por meio de cartazes fixados nas recepções.

De acordo com o hospital, “a precificação da tabela corresponde ao preço médio de aquisição, multiplicado por um fator que corresponde à remuneração pelos serviços de seleção, programação, armazenamento, distribuição, manipulação, dispensação, controle e aquisição” dos equipamentos. A Casa de Saúde explicou que a tabela “simplifica as rotinas de precificação dos hospitais e elimina eventuais erros de cálculo”.

A unidade se colocou à disposição de Gustavo para explicar as tabelas utilizadas para precificar o atendimento e mostrar como funciona o processo.

O leitor Gustavo José Moretti, de São Carlos (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

vc repórter
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