PUBLICIDADE

Gurgel defende atribuições do MP como forma de combater impunidade

23 mai 2013 - 13h26
(atualizado às 13h26)
Compartilhar
Exibir comentários

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu nesta quinta-feira a continuidade das investigações e do controle externo da atividade policial pelo Ministério Público (MP). Segundo ele, essas atribuições permitem "a luta contra a impunidade". "O que se discute é que a luta contra a impunidade continue e de forma efetiva. Queremos que a impunidade deixe de ser uma das piores mazelas brasileiras. É preciso que o Ministério Público continue a investigar", destacou.

O procurador-geral participou do 3º Encontro Nacional de Aperfeiçoamento da Atuação do Ministério Público no Controle Externo da Atividade Policial que ocorre hoje e na sexta-feira, em Brasília. O encontro visa a debater temas como a segurança pública, os direitos humanos e a repressão a abusos praticados no exercício das atividades policiais. Participam dos debates 85 promotores e procuradores dos ministérios públicos estaduais e federal.

O debate ocorre em um momento que deputados e senadores discutem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limita os poderes de investigação do órgão. O texto determina que somente as polícias Civil e Federal podem apurar fatos criminais, o que reduziria o trabalho investigativo de procuradores e promotores iniciado após a Constituição de 1988.

Gurgel destacou ainda que a discussão que ocorre no Congresso Nacional é "mantida por poderosos" em reação ao cumprimento do MP às atribuições previstas na Constituição Federal. "A PEC 37 nasceu como algo de interesse corporativo de algumas associações ligadas à polícia, mas hoje essa bandeira é empunhada por poderosos de setores da própria sociedade brasileira que não desejam o Ministério Público como é hoje no Brasil, independente, e que cumpre firmemente sua missão constitucional", disse.

Para o procurador-geral, é fundamental que a atividade policial tenha controle externo, assim como ocorre em outros órgãos. "Todos precisamos de controle. O Conselho Nacional do Ministério Público é órgão de controle externo do Ministério Público. A polícia também precisa de controle, a Constituição já o previu e o deferiu ao Ministério Público. (Isso) é salutar e faz parte do Estado democrático de direito", comentou.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade