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Greve dos Correios é parcial no Estado de São Paulo

19 set 2012 - 13h12
(atualizado às 14h04)
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Pelo menos 22 mil trabalhadores, de um total de 35 mil, aderiram à greve dos empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Estado de São Paulo. O cálculo é do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios e Similares de São Paulo.

Veja como a greve dos servidores federais pode afetar sua rotina

Procurada pela Agência Brasil, a ECT informou que só vai se pronunciar sobre o movimento após a tentativa de acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

De acordo com nota da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect ), a greve foi deflagrada em 23 regiões do País, envolvendo os filiados de 35 sindicatos. A categoria quer reajuste salarial de 43,7%, ante oferta patronal de 5,2% e outros benefícios.

Por meio de um comunicado em seu endereço eletrônico, a ECT disse que a empresa tem plano para garantir a prestação de serviços à população. Poderá realocar empregados das áreas administrativas, efetuar contratação de trabalhadores temporários, adotar o esquema de horas extras e mutirões para triagem, além de implantar a entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais cresceram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias entraram em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. O Ministério do Planejamento estima que a paralisação tenha envolvido cerca de 80 mil servidores. Em contrapartida, os sindicatos calculam que 350 mil funcionários aderiram ao movimento.

A greve afetou servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, das Relações Exteriores, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

Após apresentar proposta de aumento de 15,8%, dividido em três anos, o governo encerrou no dia 26 de agosto as negociações com os servidores. Policiais federais e funcionários do Incra foram as únicas classes que continuaram em greve após o fim das negociações. O orçamento anual do governo, com a previsão de gastos com a folha de pagamentos dos servidores em 2013, foi enviado ao Congresso em 30 de agosto.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, chegou à sede da presidência minutos antes do momento do confronto e aproveitou para assistir à confusão, a exemplo de vários outros funcionários do Planalto
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Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
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