PUBLICIDADE

Greve de aeronautas e aeroviários atrasa voos pelo País

3 fev 2016 - 07h36
(atualizado às 09h44)
Compartilhar
Exibir comentários
A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

A paralisação realizada por aeronautas e aeroviários entre as 6h e 8h em 12 aeroportos provocou atrasos e cancelamentos de vários voos pelo País.

A paralisação ocorreu nos aeroportos de Guarulhos (SP), Congonhas (SP), Viracopos, Brasília, Santos Dumont (RJ), Galeão (RJ), Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e Salvador. A adesão foi de aeroviários (agente de check-in, auxiliar de serviços gerais, mecânicos de aeronaves, agente de bagagem, operador de equipamentos) e aeronautas (pilotos, copilotos, comissários, mecânicos e engenheiros de voo).

Na capital paulista e no interior, os terminais de Congonhas, Guarulhos e Viracopos tiveram ao menos 13 voos cancelados até as 7h30. Segundo a Infraero, das 19 decolagens programadas entre as 6h e as 7h30 em Congonhas, 12 foram canceladas e quatro estavam atrasadas. Funcionários fazem um protesto no saguão. A GRU-Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, informou em seu último boletim, atualizado às 7h30, que dos 87 voos programados um foi cancelado e duas decolagens e dois pousos sofreram atraso.

No aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, interior paulista, nenhum avião decolou entre as 6h e as 7h30. Ao menos dez voos atrasaram. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), as empresas aéreas TAM, Gol e Avianca vão flexibilizar as regras para a remarcação de voos, a fim de não prejudicar os passageiros.

A TAM informou que não cobrará as taxas de remarcação e diferença de tarifas para os passageiros com voos domésticos agendados entre as 6h e as 18h de hoje ou voos internacionais entre as 6h e as 8h. Os clientes podem adiar suas viagens em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade. A empresa ofereceu também o reembolso dos bilhetes tanto para voos domésticos quanto internacionais.

A Gol pede que os passageiros entrem em contato com a central de atendimento, pelo telefone 0300 115 2121, para verificar a situação do voo. A companhia ofereceu remarcação das viagens, sem taxas, ou reembolso integral das passagens. “A GOL ressalta que não está medindo esforços para normalizar a situação o quanto antes e vem adotando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos aos  clientes”, diz a nota.

A Avianca comunicou que os clientes poderão remarcar as viagens com isenção de taxas, mediante disponibilidade de assentos.

A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

Reajuste salarial

As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado e não retroativo à data-base - dia 1º de dezembro. Os trabalhadores reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à  data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), que representa as companhias TAM, Gol, Azul e Avianca, informou que apresentou seis propostas aos trabalhadores, mas todas foram recusadas. A entidade argumenta que nos últimos dez anos as companhias aéreas promoveram o reajuste dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), com índices acima da inflação, além de ganhos nas cláusulas sociais. A entidade diz que segue aberta às negociações para evitar transtornos aos passageiros.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai monitorar os impactos da paralisação. Segundo a Anac, é dever da empresa informar aos passageiros sobre atrasos e cancelamentos de voo e o motivo, além de oferecer facilidade de comunicação para atrasos superiores a uma hora; alimentação adequada para atrasos superiores a duas horas e acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem, para atrasos superiores a quatro horas.

O Tribunal Superior do Trabalho determinou que 80% dos trabalhadores do setor aéreo mantenham suas atividades a partir de amanhã e durante o período de Carnaval. Em caso de descumprimento da ordem, a multa diária será de R$ 100 mil.

Agência Brasil Agência Brasil
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade