Geisy pode ser massacrada se voltar à Uniban, diz advogado

18 nov 2009 - 15h37

(atualizado às 16h46)

Rafael Nardini: Direto de São Paulo

Marcelo Chilelli de Gouveia, advogado da estudante Geisy Arruda, 22 anos, afirmou nesta quarta-feira, que a Universidade Bandeirante (Uniban) ainda não deu as garantias pedidas pela defesa para que a aluna voltasse às aulas. Segundo ele, se Geisy voltar para a universidade sem essas condições, ela será massacrada. "Cada um (alunos) tem sua opinião, e do jeito que está ela será massacrada", disse.

Na manhã desta quarta-feira, a companheira de sala de Geisy, Paola Cristina Fernandes, 19 anos, prestou depoimento Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher. Segundo o João Ibaixe, também advogado de Geisy, o depoimento da estudante durou três horas. Os advogados alegam que a Uniban não tem falado a respeito do professor que teve uma participação grande para que esse transtorno não ganhasse maiores proporções. Até a próxima semana, os advogados pretendem ter em mãos a cópia do resultado da sindicância feita pela universidade.

No dia 22 de outubro, Geisy precisou sair do campus de São Bernardo do Campo da Uniban escoltada pela polícia após ser insultada em razão do vestido que usava. As imagens da confusão foram gravadas por universitários e postadas no site YouTube no mesmo dia. Desde o ocorrido, a estudante não voltou mais à universidade. Ao anunciar a expulsão, a Uniban informou, em um comunicado publicado em jornais paulistas, que a decisão foi tomada "em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos da dignidade acadêmica e à moralidade".

Exposição

O advogado Marcelo Chilelli afirmou que os novos convites para Geisy Arruda têm sido cada vez mais constantes. O advogado também explicou que a defesa tem a orientado para que ela não se transforme em alvo de críticas.

"Ela é jovem e se perde. Essa semana a levei ao Rio de Janeiro para a gravação do programa Casseta e Planeta e os convites não param mais. A imprensa do Rio inteira a esperava", disse.