Funcionários dos Correios entram em greve nacional por aumento
Os empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em todo o País entraram em greve por prazo indeterminado a partir desta quarta-feira, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
A Fentect cobra a reposição da inflação (6,87%), mais R$ 400 de aumento linear, entre outros benefícios sociais. A categoria rejeitou contraproposta oferecida pela ECT, que previa a reposição da inflação, abono salarial de R$ 800, reajuste linear de R$ 50 a partir de junho, vale-alimentação de R$ 25 e vale cesta de R$ 140.
Diante da ameaça de greve, a empresa alegou aos trabalhadores que a medida não era amparada legalmente, já que as negociações não teriam sido frustradas. A Fentect replicou que "a negociação restou, sim, frustrada, tendo em vista que, apesar das inúmeras tentativas para fechamento do acordo, a postura da ECT sempre foi de rejeição às propostas apresentadas pelos trabalhadores, não nos restando outra alternativa senão a deflagração da greve", discorre o documento enviado à empresa, que acrescenta que a categoria "continuará aberta à negociação.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a greve foi decidida em assembleia na avenida Afonso Cavalcante, à noite. O Sintect/RJ informa que 5 mil trabalhadores participaram. Na ocasião, ficou aprovada a realização de passeata nesta sexta-feira (16), a partir das 12h, na Candelária, passando pela Rio Branco, até a Cinelândia.
Durante toda a semana, a direção do sindicato também percorrerá as unidades dos Correios do Estado, destacando a paralisação e convocando os trabalhadores para as assembleias, que ocorrerão todos os dias, a partir das 10h, na mesma avenida, que fica no centro do Rio.