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Espionagem americana é episódio superado, diz governo

Site divulgou uma lista com 29 números de telefones do governo brasileiro que teriam sido espionados

4 jul 2015 - 15h05
(atualizado às 17h13)
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Presidente Dilma Rousseff firmou acordos com Barack Obama
Presidente Dilma Rousseff firmou acordos com Barack Obama
Foto: Divulgação

O governo brasileiro considera que as interceptações telefônicas por parte dos Estados Unidos são um "episódio superado", segundo nota (abaixo) divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. O site WikiLeaks divulgou neste sábado uma lista com 29 números de telefones do governo brasileiro que teriam sido alvo de espionagem. A relação inclui telefones de integrantes da equipe econômica e da diplomacia, além da presidente Dilma.

"Em várias circunstâncias, a presidenta Dilma Rousseff ouviu do presidente Barack Obama o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o Governo e empresas brasileiras, uma vez que os EUA respeitam os países amigos”, diz a nota. O documento afirma ainda que Dilma "confia no presidente Obama e no compromisso por ele assumido".

Mais cedo  o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva afirmou que o foco agora é a boa relação com os americanos. "O governo brasileiro considera o episódio superado. Esses fatos são de 2011, e o governo americano já havia reconhecido o erro em relação a isso. A presidenta acabou de chegar de uma viagem produtiva dos Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros investimentos", disse Edinho, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação Social.

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A lista divulgada pelo WikiLeaks inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista, assim como o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início de 2015.

Veja a nota oficial do governo na íntegra:

A respeito das notícias veiculadas pela revista Carta Capital e pelo portal G1 sobre escutas realizadas clandestinamente pelo governo dos Estados Unidos contra a presidenta Dilma Rousseff e outras autoridades do governo brasileiro, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informa que a presidenta considera o episódio superado.

 Em várias circunstâncias, a presidenta Dilma Rousseff ouviu do presidente Barack Obama o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o Governo e empresas brasileiras, uma vez que os EUA respeitam os “países amigos”. 

 A presidenta Dilma reitera que confia no presidente Obama e no compromisso por ele assumido. Os EUA e o Brasil tornarão cada vez mais forte a sua parceria estratégica, que está baseada no respeito mútuo e no desenvolvimento de seus povos.

Agência Brasil Agência Brasil
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