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Entidades de direitos humanos condenam espancamento no Rio

Suspeito de furto foi amarrado e torturado; polícia afirma que tenta localizar autores da agressão

10 jul 2015 - 15h40
(atualizado às 15h40)
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A Anistia Internacional e a Justiça Global condenaram nesta sexta-feira as agressões sofridas por um homem suspeito de ter furtado uma mulher em Senador Camará, na zona oeste do Rio. Ele foi preso, amarrado e espancado por populares na noite de quarta.

Homem foi amarrado e espancado por populares
Homem foi amarrado e espancado por populares
Foto: Realengo News / Reprodução

Socorrido por policiais militares, o homem foi levado para uma unidade médica de pronto-atendimento no bairro. De acordo com informações da 34ª Delegacia Policial, em Bangu, Daniel Jesus de Aquino, 31 anos, foi preso em flagrante por tentativa de furto.

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O diretor-executivo da Anistia Internacional, Atila Roque, condenou a agressão e disse que justiçamento nada tem a ver com justiça. “O espancamento e também o linchamento são arremedos de justiça alimentados pelo ódio, medo e desejo de vingança, que transforma a necessidade legítima de respostas contra a violência em barbárie criminosa, que, em geral, atinge pessoas já marcadas pelo preconceito e discriminação.”

Para a coordenadora da área de Violência Institucional e Segurança Pública da organização não governamental (ONG) Justiça Global, Isabel Lima, há uma cultura forte da vingança no lugar da justiça, com uma naturalização da barbárie e tortura.

“Há uma permanência histórica de elementos como o racismo, a barbárie e a tortura. São elementos presentes desde sempre, da escravidão até hoje, passando pela ditadura militar”. Ela disse ainda que a segurança pública tem que ser entendida como uma garantia de direitos e que o Estado deve assumir esse papel.

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que abriu investigação para identificar e localizar os autores das agressões.  

Agência Brasil Agência Brasil
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