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Em novo dia de protestos, polícia do Rio reprime manifestantes na Prefeitura

20 jun 2013 - 19h46
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Centenas de milhares de pessoas saíram de novo às ruas em todo o Brasil nesta quinta-feira para exigir melhores serviços públicos, entre outras reivindicações, após a revogação ontem em algumas cidades do aumento da tarifa do transporte público, o motivo inicial dos protestos.

Convocados pelas redes sociais, os manifestantes responderam em massa à convocação em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Brasília.

No Rio, estão reunidas cerca de 300 mil pessoas, segundo cálculos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um número três vezes maior que o do grande protesto que tomou a Avenida Rio Branco na segunda-feira.

Dessa vez, a multidão caminhou pela Avenida Presidente Vargas, em direção à sede da Prefeitura. Ali, os manifestantes foram recebidos por bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral da polícia. Nesse momento, segundo a reportagem da Agência Efe pôde constatar no local, várias pessoas abandonaram o protesto e partiram no sentido contrário.

As pessoas que optaram por deixar o protesto saíram da manifestação sem pânico e cantando o hino nacional a plenos pulmões.

Os manifestantes que permaneceram jogaram pedras contra os policiais e incendiaram algumas latas de lixo na Presidente Vargas. No confronto, a polícia usa um caveirão como escudo de proteção e dispara balas de borracha, enquanto um grupo usava tapume como escudo para se proteger das bombas jogadas pelos agentes.

Na capital carioca, também houve manifestações no jogo entre Espanha e Taiti, realizado no Maracanã.

"Queremos escolas e hospitais de padão Fifa", era a mensagem em um dos cartazes no estádio. "Nossa luta não acabou, junte-se a nós, companheira", dizia outro com a foto da presidente Dilma Rousseff.

Em São Paulo os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista, onde houve alguns momentos de tensão quando os participantes vaiaram algumas pessoas com insígnias do PT.

Em Salvador, a polícia e um pequeno grupo de manifestantes se enfrentaram perto da Arena Fonte Nova, onde Uruguai e Nigéria se enfrentam neste momento em partida da Copa das Confederações.

Os agentes, desdobrados com equipes antidistúrbios para proteger o acesso ao estádio, responderam com dezenas de bombas de gás lacrimogêneo a uma chuva de pedras e objetos lançada por um pequeno grupo violento.

Em Brasília uma grande massa humana, estimada inicialmente em 20 mil pessoas, ocupou a Praça dos Três Poderes com cartazes contra a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, que aprovou nesta semana um polêmico projeto de lei que autoriza os psicólogos a oferecer tratamentos para "curar" os homossexuais.

A polícia estabeleceu uma barreira em torno do edifício para evitar que os manifestantes chegassem às rampas de acesso ao Congresso, pelas quais na segunda-feira várias pessoas chegaram ao teto da sede do Legislativo.

Em Belo Horizonte, cerca de 15 mil pessoas já estão nas ruas entoando o grito de "O povo acordou".

EFE   
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