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Em discurso nos EUA, Lula critica taxação do álcool

16 mar 2009 - 17h58
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Elaine Lina

Direto de Nova York

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a taxação do álcool durante um seminário para investidores "Brazil Global Partner in a New Economy", no hotel The Plaza, em Nova York. "Todo mundo fala que é necessário reduzir a emissão de gases. O Brasil tem a tecnologia, tem o combustível", afirmou o presidente. "Como explicar que o combustível fóssil, que é poluente e emissor desses gases, não seja taxado por nenhum país do mundo e um combustível limpo, que todo mundo quer, seja taxado como é o álcool?"

Lula afirmou ainda espera que no G20 os países consigam encontrar "um denominador comum para apresentar ao mundo uma solução para a crise". "Nós não temos tempo. Não podemos fazer uma reunião para marcar outra reunião. Ninguém agüenta mais isso." O presidente ressaltou que está otimista com relação ao encontro programado para o dia 2 de abril pelo que vem conversando com os líderes de outros países.

O presidente do Brasil afirmou que o principal desafio enfrentado pela economia mundial é manter o acesso ao crédito, apesar da crise. "Temos um problema no mundo chamado acesso ao crédito", disse Lula durante um encontro organizado pelo Wall Street Journal. "Necessitamos restaurar o fluxo (de crédito) para que se restabeleça o comércio mundial", acrescentou.

Segundo o presidente, "temos que resolver os problemas de confiança e não vejo como, se não fizermos algo com os bancos". Lula opinou que o assunto será uma das questões cruciais a serem tratadas na reunião do G20 prevista para Londres no próximo 2 de abril.

Segundo Lula, a classe média é a principal vítima da crise. "São os que mais se beneficiaram com o boom, melhoraram seu nível de vida e ganharam direitos em geral, mas são os mais expostos a perder o conquistado".

Com informações da AFP

Fonte: Terra
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