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El Niño pode aumentar risco de acidentes com raios no verão

23 nov 2015 - 10h57
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O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolveu uma cartilha detalhada de proteção contra raios, com base nas informações coletadas sobre as circunstâncias de morte por raio mais comuns. As recomendações devem ser seguidas durante as tempestades. Se possível, o melhor é sair da rua na hora de uma chuva forte com raios e trovoadas.

Número de raios deve aumentar no verão por conta do El Niño
Número de raios deve aumentar no verão por conta do El Niño
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press

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Na semana passada, o Elat divulgou uma pesquisa que mostra o impacto do El Niño sobre a ocorrência de tempestades no Sudeste durante o verão 2015/2016. Segundo a pesquisa, no próximo verão, a previsão é de um aumento na ocorrência de tempestades, em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Ao cruzarmos esses percentuais de previsão com a densidade populacional, somos levados a pensar que o número de mortes por raios no próximo verão pode aumentar se não alertarmos adequadamente a população sobre os efeitos do El Niño”, disse o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior.

Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT) do último trimestre (agosto, setembro e outubro), já sob o efeito do El Niño, confirmam essas tendências. De acordo com o coordenador do Elat, o aumento preocupa e parece indicar que não só a ocorrência de tempestades, como a intensidade delas, aumenta em decorrência do fenômeno climático.

Por essa razão, o Elat recomenda que, dentro de casa, durante as chuvas fortes com raios e trovoadas, não se deve usar telefone com fio, evitar a proximidade de tomadas, canos, janelas e portas metálicas e não tocar equipamentos ligados à rede elétrica.

Se estiver na rua, deve procurar abrigo em carros não conversíveis, ônibus ou outros veículos metálicos não conversíveis, em moradias ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios ou em abrigos subterrâneos, tais como metrôs ou túneis.

Ao ar livre, evite segurar objetos metálicos longos (varas de pesca, tripés, tacos de golfe etc.), empinar pipas e aeromodelos com fio, andar a cavalo e ficar em contato com a água. Pequenas construções (tendas, barracos, celeiros), veículos sem cobertura e árvores oferecem risco e não protegem. Evite ficar no topo de morros, no alto de prédios, em áreas descampadas, em estacionamentos, próximo a cercas de arame ou embaixo de árvores isoladas.

Segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, os ciclones e furacões não têm relação com o El Niño no Brasil.

Agência Brasil Agência Brasil
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